sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

ABRANTES E PORRÓIA





De uma cajadada só, estou matando dois coelhos: Waldemar Abrantes e Marcos Porróia. Dois cidadãos “princesados” que aqui aportaram e tomaram Princesa como sua verdadeira Terra. Waldemar, aqui chegado ainda adolescente pelas mãos do grande Mestre de Obras princesense, “Ferreirão”, tornou-se destacado comerciante, constituiu família decente e muito contribuiu para o desenvolvimento social e econômico de Princesa. Marcos da Fonsêca, mais conhecido como “Marcos Porróia”, conheceu Princesa através do futebol. Veio para cá para participar de um jogo de bola, e aqui ficou. Já tinha algo que o ligava a Princesa: conhecera Maísa, filha do prefeito de Juru, Antônio Alves e, apaixonado com ela se casou. Porém, a verdadeira paixão que o ligou a esta terra foi mesmo o futebol que jogou aqui junto a Rogal, Sílvio de Criatura, Lula Bolachão,  dentre outros. Ambos já se foram, mas deixaram marcado na terra que adotaram como sua, os seus nomes até hoje respeitados por todos.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 31 DE JANEIRO DE 2020.

CASAMENTO ESQUISITO





O convite, a aceitação e a nomeação da atriz “global” Regina Duarte para o cargo de Secretária Nacional de Cultura, causou o maior frisson desde a hora em que o presidente efetuou o convite, no último dia 17 deste mês. De lá até a consumação, muitas especulações e comentários alimentaram essa novela. Primeiro quanto à comparação do Secretário saído com a Secretária entrante. O primeiro, Roberto Alvim, foi demitido a bem da ética política por haver feito pronunciamento similar ao do famigerado Ministro da propaganda nazista, Josef Goebbels. A segunda, Regina Duarte, foi admitida porque, desde o ano de 2002 vem fazendo oposição aos políticos de esquerda e, na última campanha eleitoral para a escolha do presidente da República, optou por apoiar, publicamente, o agora presidente Jair Bolsonaro. Em festa, ambos [presidente e atriz] comemoraram o fato como se fora um casamento.

Sem viés ideológico?

O que interessa verdadeiramente à população não é o critério para a escolha, tampouco a sintonia político-eleitoral da nova Secretária com o presidente Bolsonaro. O que tem importância nesse momento é saber se Regina Duarte está disposta a bater de frente com os comandantes de extrema direita, que estão encastelados no Planalto e implementar medidas que realmente beneficiem a cultura, de forma indiscriminada, esquecendo o danoso viés ideológico que, no Brasil, quando não é de esquerda, é de direita. Esperamos também que a atitude do presidente - quando retirou do seio da Rede Globo uma de suas principais atrizes -, não tenha sido um acinte àquela emissora por ele detestada e que, por sua vez, lhe faz oposição. Mesmo por que, Regina Duarte casou-se com o Planalto e foi divorciada, ao vivo e a cores, quando demitida da Globo em pleno Jornal Nacional. Do mesmo jeito que Bolsonaro não contemporiza com os que simpatizam com aquela Rede de Televisão, a Globo também não tolera nem admite manter laços com os que se bandeiam para o “mito”. Mesmo assim, torcemos para que esse enlace matrimonial produza algo de bom para a cultura brasileira.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE JANEIRO DE 2020.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

APOIO PELA METADE





A Casa de Apoio da Prefeitura Municipal de Princesa, em João Pessoa, expõe vários problemas que afetam diretamente àqueles que dela necessitam. Atendendo reclamações de pessoas que lá estiveram para tratamento de saúde, faço aqui um apelo ao novo Secretário Municipal de Saúde, para que tome as providências necessárias. Aquela Casa, que antes funcionava a contento, hoje, massacra os pobres coitados que lá se hospedam enquanto tratam seus males na capital do Estado. Lá, a única refeição servida é o almoço: uma “quentinha”. O jantar, quem quiser tê-lo, tem de comprar os mantimentos e cozinhar. Segundo o denunciante, os serviços de cama e banho são também de péssima qualidade. Isso serve como um alerta, até para mim que pensava que o estado de coma em que se encontra a saúde de Princesa se restringia apenas ao Hospital e às Unidades de Saúde daqui. Enquanto isso, as parcelas de “Xand Aviões” foram pagas, algumas, até em antecipação. Um recado a Nascimento: aproveita enquanto Brás é tesoureiro, pois, em outubro, vão botar em tu como a vaca botou em Mestre Alfredo.

ESCRITOPOR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE JANEIRO DE 2020.

SILÊNCIO QUE INCOMODA





Na Paraíba, “Pequenina e Bela”, como dizia o tribuno princesense, Alcides Carneiro, reina um silêncio que, além de incomodar, nos deixa a todos muito apreensivos. Durante todo o mês de dezembro e início deste que se finda, todos os dias havia notícias escabrosas acerca do desenrolar da chamada “Operação Calvário” e agora, estranhamente, tá tudo calado. É temerário fazer qualquer avaliação, uma vez que a maioria das “delações premiadas” está ocorrendo em surdina e viralizaram: todos os que estão presos querem agora falar. Parece que o conselho do ex-governador, de que ninguém deveria soltar a mão de ninguém, não está sendo observado. Esse silêncio incomoda porque o barulho acumulado pode ser fatal. A “Pequenina” tem grandes motivos para se preocupar com seu futuro incerto.


ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE JANEIRO DE 2020.

CIRCO ARMADO





A hipocrisia venceu a austeridade. Até ontem, quase acreditamos que, até que enfim, tínhamos um governante com a verdadeira coragem de promover a austeridade com a coisa pública. Quebramos a cara novamente. O presidente Bolsonaro, quando soube que estava estampada nas primeiras páginas dos principais jornais do País e divulgada nas redes sociais a notícia de que o Ministro Interino da Casa Civil da Presidência da República, Vicente Santini, havia requisitado um avião (jato) da FAB – Força Aérea Brasileira para se deslocar do Brasil, num périplo que incluiu Suíça-Índia-Brasil, num dispêndio de dinheiro público da monta de R$=750.000,00 (SETECENTOS E CINQUENTA MIL REAIS), bradou aos quatro ventos que essa era uma atitude imoral, inaceitável e que, chegado de volta ao Brasil da viagem que fazia à Índia, demitiria sumariamente - a bem do serviço público -, o Ministro Interino.

Além de queda, coice.

Chegado ao Brasil, o presidente cumpriu a promessa e demitiu o Ministro Santini. Este, execrado por todos os meios de comunicação do País, saiu pela porta dos fundos. O problema, é que o dono do circo [Bolsonaro] se esqueceu de botar a empanada de sua Casa de Espetáculos e, um drone da rede Globo de Televisão registrou a verdade do picadeiro que é o Palácio do Planalto. Demitido, o ex-ministro Interino que saiu pela porta dos fundos, entrou de volta por uma das janelas da própria Casa Civil do Governo, quando foi readmitido para um cargo inferior (Secretário Especial) com um salário inferior também em apenas R$=300,00 (TREZENTOS REAIS). O discurso moralizante do chefe da Nação fez-se incoerente com a atitude de desmoralizado que adotou. Mais tarde, ficou-se sabendo o motivo dessa estripulia toda: o Vicente Santini é amigo da família do presidente e não poderia ficar desempregado. Quando apostávamos que a atitude inicial de Bolsonaro serviria para alertar aqueles que se excedem no uso de benefícios oficiais à custa do contribuinte, o que vimos foi uma farsa gritante que diminui ainda mais a pouca confiança que já não tínhamos nesse que se diz austero e paladino da moralidade. Além de queda, coice.

ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE JANEIRO DE 2020.