sábado, 27 de abril de 2019

EM PRINCESA, A SAÚDE ESTÁ EM ESTADO DE COMA


    
Em que pese as várias denúncias e reclamações que são veiculadas nos vários programas radiofônicos editados aqui e alhures e da pura e simples constatação, pela própria população “usuária” dos serviços de saúde de Princesa, nada tem sido providenciado para que as pessoas pobres do município tenham um atendimento satisfatório e digno nos serviços de saúde do município. Nesta semana, uma senhora procurou atendimento na UPA – Unidade de Pronto Atendimento e, lá chegando, deparou-se com quadro desolador: A UPA superlotada de pacientes à espera de atendimento. Encaminhada ao antigo Hospital Regional (que agora é municipal), foi informada pelo porteiro de que o hospital não tinha vagas. Retornou à UPA sujeitando-se a entrar na infindável fila de espera. Acontece que, logo em seguida seus familiares foram informados de que, no Hospital Municipal havia vagas sim, porém, o que não havia lá eram as condições ou a vontade para um pronto atendimento. É esse o quadro da saúde em Princesa. Aliás, é do conhecimento de todos de que, após a municipalização daquele hospital, os servidores – que recebiam seus salários regularmente quando aquele nosocômio era administrado pelo Estado -, estão com seus vencimentos atrasados em até três meses. É esse o compromisso do prefeito com a saúde dos princesenses.

Domingos Sávio Maximiano Roberto

VAI VIAJAR DE NOVO


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O prefeito Ricardo Pereira do Nascimento já anunciou sua próxima ausência de Princesa. Será na primeira quinzena do próximo mês de maio. Segundo o alcaide voador, o tal vai se deslocar de Princesa para São Paulo em busca do recebimento de dois furgões (carros) destinados ao transporte dos pacientes que recebem tratamento no CER – Centro Especializado em Reabilitação. Ora, isso é no mínimo, esquisito, pois, o CER (conseguido na minha administração), não se encontra em pleno funcionamento. Opera somente as sessões de fisioterapias simples e nada mais. Até a energia usada por aquele hospital é fornecida clandestinamente: um “gato”, uma vez que é “roubada” de uma residência localizada em frente àquele prédio de saúde. Acontece que a pirotecnia administrativa desse prefeito é sem limites. Eu pergunto: qual a necessidade de um prefeito voar de Princesa para a capital paulista com o intuito de receber dois carros? Será ele próprio o condutor desses veículos? Quando fui prefeito, adquiri e recebi vários equipamentos e veículos (retroescavadeira, pá mecânica, patrol, caçamba, carro-pipa, ônibus, ambulâncias, etc.) e nunca me desloquei daqui para recebê-los, sempre enviava motoristas credenciados para fazê-lo. Esse prefeito, não. Ele não perde oportunidade de ausentar-se do município. Será que é para não ver as ruas cheias de lixo e entulho? As Praças se acabando? As pessoas pobres sem atendimento médico? Muitos servidores com salários atrasados? Eu pergunto novamente ao prefeito sem frescura: O Futuro é de quem Trabalha, ou quem viaja não tem tempo de trabalhar, prefeito sem futuro!


Domingos Sávio Maximiano Roberto

MAIS UMA “BOSSA” DE BOLSONARO


foto internet

Ontem, assistindo ao noticiário na televisão, surpreendeu-me uma notícia estarrecedora: o presidente Bolsonaro autorizou estudo pelo Ministério da Educação para que sejam suprimidos recursos para o custeio dos cursos de Ciências Humanas nas Universidades Federais do Brasil. A determinação presidencial é para que, os gastos com a educação superior sejam destinados potencialmente para cursos como: medicina, engenharia, educação física, etc. Filosofia – a mãe de todas as ciências -, Sociologia, Pedagogia, Letras, etc., não são mais cursos prioritários. Alega o erudito presidente, que a razão para tal medida é a necessidade da imediata geração de empregos. Essa mesma linha de pensamento foi corroborada pelo Ministro da Educação (de nome impronunciável) que defendeu (para os pobres), o ensino das primeiras letras, das quatro operações e pronto. Será que o problema é ideológico? Acho que não, pois, esse governo que está aí, desde o início, afirmou que a educação seria “desideologizada” e, mesmo assim, queria inserir nos livros didáticos seu slogan de campanha. Os mais novos não lembram, porém, os mais velhos sabem e comparam essa administração com a do ex-presidente Jânio Quadros que proibiu o uso de biquínis nas praias; Briga de Galo, etc. Este [Bolsonaro] acabou de proibir comercial televisivo do Banco do Brasil sem observar o que determina a Lei das Estatais. Em vão, pois, como quase todas as medidas tomadas por esse governo, a decisão foi anulada e, a merda voltou pro cú. Voltando à questão das Universidades, devemos lembrar ao douto presidente que, em educação não se gasta, se investe. Portanto, com essa medida de jerico o chefe geral da Nação desestimula o pensamento e promove o encaminhamento para a transformação do Brasil num país mais obtuso do que ele.


ARTIGOS ESCRITOS POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO EM 27 DE ABRIL DE 2019.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A PRAÇA É NOSSA


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O que vemos em Princesa hoje é um verdadeiro descaso com tudo o que se refere à administração pública. Quando andamos pelas ruas, a impressão que temos é que o governo acabou: entulhos amontoados pelas principais artérias da cidade; ruas mal iluminadas; vias intransitáveis; buracos por todo canto; lixo a ser recolhido; etc. Parece que a secretaria de Infraestrutura se desestruturou completamente, está completamente alheia às suas mais elementares atribuições. Não bastasse o descaso com a saúde e com a educação, o que remonta ao início dessa esquisita administração aérea, o que vemos agora, para tristeza de muitos, é o total abandono das nossas praças. Quando fui prefeito mandei recuperar todas as praças da cidade chegando a colocar bustos em algumas, a exemplo da Praça do Bairro do Cancão onde mandei  erigir uma estátua do senhor “Marçal Lima Neto” que dá nome àquele logradouro. O mesmo foi feito com relação à Praça “Dona Maria Aurora” nas imediações da Rua São Vicente quando foi posto ali também um busto da homenageada. O que se vê hoje? Além dessas duas praças acima citadas, que estão desmoronando, todas as outras, sem exceção, estão quase que completamente destruídas: A Praça “Epitácio Pessoa”, após denúncia do advogado doutor Manoel Arnóbio, através da internet, teve seus bancos (quase todos), completamente destruídos pelos funcionários da prefeitura e, há vários meses que não providenciam o conserto; a Praça “Dr. José Nominando Diniz”, está com seus canteiros caindo, o que, para quem circula pela Rua “São Roque”, depara-se com uma verdadeira “chaga” onde se poderia encontrar um jardim; a Praça “Coronel José Pereira”, completamente suja e sem nenhum restauro; por fim, a joia podre da coroa: a Praça de eventos da “Estrela”. Esta, coitada, tá morta há muito tempo; desarticularam todo aquele complexo favorável ao divertimento da população: quiosques escondidos debaixo de árvores, iluminação praticamente inexistente, palco estrategicamente deslocado e completamente inservível, esgoto à céu aberto, enfim, um caos! Tudo isso, além de trazer muita tristeza, denota o claro descaso e descompromisso do prefeito Ricardo Pereira com a administração pública quando prioriza somente o glamour das desnecessárias viagens internacionais e dos passeios oficiais junto com os vereadores adesistas em detrimento do interesse da população. Parece mesmo que o alcaide princesense já jogou a toalha, já está vendo que o seu desgoverno não tem mesmo jeito e, com isso, fica promovendo  cenas hilárias de deboche com relação à população fazendo sua administração mais parecer com o programa de humor “A PRAÇA É NOSSA” do que com um governo sério e comprometido com as necessidades do município. Quando foi candidato prometeu resolver todos os problemas da cidade em 90 dias. Agora, parece que seu governo de fancaria não durou três meses. 

(escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto em 25 de abril de 2019).

FILHOS PRÁ QUE TE QUERO?

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No início desta semana o Brasil viu mais uma vez o protagonismo de mais um entrevero cibernético de um dos filhos do presidente Bolsonaro (O número Três) com um membro da cúpula do estabelecimento governamental. Desta feita, o ataque veio de Carlos, o vereador carioca, contra Mourão, o vice-presidente da República: farpas desferidas pelo filho que, inteligentemente, não foram devolvidas pelo vice. Coisas dessa natureza (daquela vez provocado pelo número Dois) acompanhamos no início do ano, o que desaguou na demissão do então ministro Gustavo Bebiano. Acontece que, agora, o quadro se apresenta muito diferente uma vez que Hamilton Mourão, além de não comprar a briga: “Quando um não quer dois não brigam”, este, não pode ser demitido Ad nutum. Foi eleito! Aliás, a escolha do general reformado Hamilton Mourão para figurar na chapa de Bolsonaro como seu vice, atendeu a uma estratégia política do próprio presidente que, intencionado em tomar medidas e decisões que poderiam desagradar aos congressistas, quis blindar-se com a garantia do exército para livrar-se de eventual processo de impedimento (o que vem sendo moda no Brasil). Pelo que se vê, foi um tiro no pé, pois, ninguém imaginava (nem mesmo o presidente) que o Mourão se apresentaria forte e muito competente no encaminhamento das questões governamentais nas ocasiões em que substitui o titular. Enquanto Bolsonaro conversa besteira através das redes sociais, Mourão profere declarações breves, contundentes e inteligentes, deixando a impressão de que é mais preparado e mais competente do que o chefe. Isso bota a mosca atrás da orelha dos rebentos do presidente que temem que os políticos assim também enxerguem e promovam o impeachment do pai com o natural apoio da corporação armada, uma vez que, para a “Pátria Armada Brasil”, pode ser melhor um general do que um capitão.
     Esse bate cabeça promovido pelo novo governo deixa o país apreensivo, desassossegado e, ao mesmo tempo desnudo de esperanças. Há bem pouco tempo tínhamos uma presidente que não dizia coisa-com-coisa: se pronunciava sem nenhuma concatenação, usando palavras desconexas em declarações incompreensíveis. Agora, temos o capitão que não transmite clareza quanto à agenda governamental; fala da nova política que quer implantar sem dizer o que era a velha política e, para completar, mistura governo com família, delegando aos filhos ou deixando-se delegar por eles quando os mesmos se imiscuem nos negócios da administração atirando para todos os lados sob o pretexto de estarem defendendo o pai. E este, num espetáculo de clara dubiedade, deixa-se levar quando (neste caso que envolve o vice-presidente da República), manda o porta-voz oficial declarar que está do lado do filho que é sangue do seu sangue e, ao mesmo tempo, pousa sorridente ao lado do vice a quem chama de subcomandante de seu governo. Taí o impasse: nem se aparta do terceiro rebento nem pode demitir o vice. Pelo visto, seria de bom alvitre que o presidente chamasse o poeta Oliveira de Panelas para mostrar, em versos, como é um “mourão deitado”.

 (Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto em 25 de abril de 2019).

quarta-feira, 24 de abril de 2019

A ARTE DE GOVERNAR


Pela primeira vez o prefeito de Princesa pode ser comparado com algo que tem alguma importância no campo do poder. Comparação para fazer desmedida avaliação de sua performance frente à administração pública municipal usando como parâmetro o pífio início de empreitada maior que já se apresenta fadada a ter como escola o que se pratica no burgo de Nascimento. As diferenças, em termos de proporção, são imensas. Porém, a comparações, quando apresentadas, afloram comportamentos similares: O de Brasília, inspirado no daqui de Princesa prometeu também transformar, em breve espaço de tempo, tudo num paraíso. Cercado de graduados anjos domésticos já promoveu algumas estripulias que denotam pouco compromisso com a moralidade quanto ao desempenho da atividade pública. O daqui, rodeado de auxiliares competentes e bem intencionados, já queimou todas as etapas: fechou o que tinha de fechar (hospital, escolas, matadouro, museu, etc.): atrasou o que tinha de atrasar (salários, fornecedores, prestadores de serviço, etc.); comprou o que tinha de comprar (vereadores, suplentes, caráteres, etc.). O de lá nem fechou, atrasou ou comprou nada. Seu feito maior – na contramão da história, pois, enquanto os governos de países civilizados estão preocupados com a crescente violência promovida por matadores em série estão promovendo desarmamentos – tem sido a concessão do direito de qualquer um possuir uma arma de fogo “para se defender”. Aliás, o símbolo de sua campanha era um gesto apologético à violência. Ambos são mestres e contumazes em conversar besteira. O daqui, em sua viciada verborragia de papagaio: à priori, à posteriori, extremamente, estado democrático de direito, republicano, etc. O de lá, “tuitando” incessantemente vive a postar bobagens que só dificultam seu relacionamento com os demais poderes. Uma das poucas diferenças entre os dois é que, o daqui, maninho, não tem filhos pra infernizar sua vida; enquanto o de lá, prolífico, vive com as mãos na cabeça tentando conter os excessos de seus rebentos numerados. Os dois, pretensos donos da verdade, adotando comportamento esnobe, brigam com a imprensa. O de lá (que não é “besta”), escolheu a Rede Globo para bater e, o de cá (que é mais “sabido” ainda), o jornalista Eudo Nicolau. Ganharam de presente, ambos, a oposição diária desse jornalismo que tem potencial poder de destruição. Tomara que graças a essas inteligentes opções, colham o que plantaram: o primeiro terá acabado no nascedouro o que (sem script) tenta começar e, o segundo, está tendo realçado o que vem acabando desde que começou. Alguns governantes já disseram: “Governar é fazer estradas”; “Governar é promover o bem comum”; “Governar é educar os nossos jovens”; etc. Esse dois, na contramão da história, acham que governar é conversar besteira. É exibir-se diante do próprio espelho dirigindo governos de fancaria acreditando-se “salvadores da pátria” e ungidos por um deus que eles próprios criaram somente para isso. É verdade que governar é arte. Mas, esses dois, vão terminar mesmo é fazendo um arte.

Escrito em 23 de março de 2019 por Domingos Sávio Maximiano Roberto.

“ROLÊ” NA CAPITAL FEDERAL


    Capitaneados pelo excelentíssimo senhor Prefeito Municipal e pelo primeiro casal do Poder Legislativo, os edis mirins: Arnaldo de Zé da Laje; Jaildo da Cachoeira e Valmir Pereira – novéis adesistas ao “projeto” do senhor Ricardo Pereira -, assessorados pelo secretário de finanças do município, o senhor Fábio Braz, em viagem a Brasília nos dias 08, 09, 10 e 11 deste mês de abril de 2019, protagonizaram o que podemos chamar de “farra com o dinheiro público”.
    Por ocasião da “Marcha dos Prefeitos” – evento que acontece anualmente em Brasília -, os vereadores acima mencionados, a convite do prefeito, acompanharam-no nessa viagem, numa situação que se apresenta debochada, voluntariosa e arrogante; tudo isso financiado pelo dinheiro do povo com o intuito único de divertirem-se nesse “rolê” por Brasília a expensas da população princesense. Justifica-se essa crítica pelo que se constata desnecessário esse périplo nesse momento de crise por que passa o nosso município, principalmente pelo fato de que a “Marcha”, é dos prefeitos e não de vereadores; senão vejamos: enquanto se divertem em Brasília, os novos adesistas, num mimo promovido pelo prefeito em agradecimento pelas suas fidelidades partidárias, os moradores dos Bairros “São Silvestre” e “Conjunto Poeta João Paraibano” sofrem sem ter água encanada; enquanto viajam para Brasília – o prefeito e seus recentes aliados -, as nossas gestantes viajam para Afogados da Ingazeira, Serra Talhada, Patos ou Campina Grande em busca de um local adequado para parir. No momento em que os novos adeptos do “projeto” do prefeito se deslumbram no Planalto Central, servidores contratados e comissionados estão com salários atrasados em até três meses e diaristas (aqueles que varrem as ruas e recolhem os lixos) já têm dois meses sem receberem seus parcos salários. Diante desse quadro, fica estarrecida a população com o acinte promovido pelo chefe do Poder Executivo Municipal quando desrespeita toda a população.
    Aliás, falando em quadro - como se não bastasse a farra federal -, o prefeito, no último final de semana, por ocasião da vinda do governador do Estado, o senhor João Azevedo à nossa cidade, o presenteou com um óleo - de autoria do artista plástico Antônio Maximiano Roberto -, retratando o dramaturgo paraibano, Ariano Suassuna, pertencente à Prefeitura Municipal de Princesa, sem autorização da Câmara Municipal. Isso se constitui grave irregularidade, pois, não pode nem deve o prefeito, dispor do que é público para presentear a quem quer que seja sem a devida autorização do Poder Legislativo. Tal comportamento vem causando sério constrangimento, pois, já se fala até em devolução pelo governador do agrado irregular concedido pelo prefeito. Isso prova a arrogância do senhor Ricardo Pereira quando acha que pode tudo e está acima de todos. É tão acintoso e desprovido de ética educacional, o chefe do Governo Municipal, que se proclama “bom” e tipifica os prefeitos que lhe antecederam de “bostas”. Onde nós estamos? Governados por um homem emocionalmente desequilibrado, useiro e vezeiro de termos chulos para se referir a assuntos sérios; um cidadão que não respeita nada nem ninguém no seu afã de proclamar-se o melhor em detrimento de tudo e de todos?
    Voltando a Brasília: não bastasse a zona com o dinheiro do povo, os recentes adesistas postaram fotos – todos com largos sorrisos nas caras – acompanhadas de legendas como uma que diz: “BRASÍLIA É NOSSA! VALEU RICARDO PEREIRA!”. Deboche maior não poderiam promover. Essas fotos circularam nas redes sociais em Princesa, provocando fúria na população sofrida. Preocupados com a repercussão negativa provocada pelo acinte oficial, orientados pelo prefeito correram, os vereadores, aos gabinetes do senador e deputados aliados para redigirem e protocolarem requerimentos solicitando obras e benefícios para os que ficaram em Princesa. Ora, a emenda saiu pior do que o soneto uma vez que todo mundo sabe que, para encaminhar requerimentos aos parlamentares superiores não se faz necessário ir a Brasília. Ademais, nesse caso, o próprio prefeito poderia ser o portador dessas “importantes” proposituras. Mas, não! Após as fotos da “farra”, fizeram-se fotografar nos gabinetes do senador Veneziano Vital do Rêgo e dos deputados Hugo Motta e Ruy Carneiro, como se isso justificasse a falta de respeito com o povo. Fui prefeito de Princesa durante quase cinco anos; fiz várias viagens a Brasília, mas nunca me fiz acompanhar por nenhum vereador, parente ou amigo. Sempre estive a serviço do município. Mas, hoje não: Brasília é logo ali para muitos dos apaniguados do prefeito. E, o pior, é que diante das críticas a esse tipo de comportamento e à sua administração destrambelhada, o prefeito reage furioso se trocando com todos nas redes sociais; o que não é recomendável para um chefe de poder, para a maior autoridade do município. Eu faço oposição a esse governo, às vezes, até de forma furiosa. Acontece que, oposição com fúria pode ser justificável, governar furiosamente é desaconselhável. Esperamos que, quando o prefeito descer do Planalto Central e subir a Chapada da Borborema, lembre-se daquele dito romano destinado aos generais que venciam as guerras e eram ovacionados pelo povo em grandes concentrações: “Lembra-te que és apenas um homem”.

ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 11 DE ABRIL DE 2019.

“VAMOS PASSEAR NA FLORESTA ENQUANTO ‘SEU’ LOBO NÃO VEM”


   
Essa frase, retirada de uma fábula infantil, se aplica devida e coerentemente com a situação da administração pública de Princesa. O chefe da Prefeitura Municipal, no afã de locupletar-se completamente das vantagens oferecidas pelo cargo de prefeito não perde oportunidades. Agora, com a desculpa de representar o município princesense – juntamente com outros prefeitos paraibanos -, torra verba de aproximadamente R$=10.000,00 (DEZ MIL REAIS) num périplo desnecessário pelo Chile já anunciando que, quando de seu retorno daquele país, ausentar-se-á do município por mais ou menos 10 (DEZ) dias em viagem aos Estados Unidos da América, desta feita, seg undo ele: “com dinheiro do meu bolso”. Voltando dos States, já anunciou que irá a Brasília participar da “Marcha dos Prefeitos”. Ótimo! Prefeito por demais itinerante. Na verdade, é assim mesmo que se faz. O problema é que esse prefeito, que já completa mais da metade do mandato, até agora não apresentou nenhum resultado positivo dessas viagens glamorosas. Edil “raceado” com pavão, ele gosta mesmo é de flanar à custa do dinheiro público. Lembro que, quando no exercício do mesmo cargo - este que escreve – Nunca fiz viagens que não fossem de trabalho; nunca participei de congressos ou encontros de prefeitos. Todas as viagens que fiz a Brasília tiveram resultados que trouxeram benefícios à população princesense: cinco prédios para funcionamento de Postos de Saúde; um Hosp ital para Reabilitação de Deficientes Físicos; duas Unidades de Acolhimento Adulto Infantil; um CAPS; R$=700.000,00 (SETECENTOS MIL REAIS) para pavimentação de ruas em paralelepípedos; Academia da Saúde para o Bairro Ibiapina (praça de Maria de Tia); Adutora do Pajeú (que trouxe água do Rio São Francisco para Princesa); dentre outras obras.
     É estranho que esse prefeito que aí está não tenha nenhum constrangimento em anunciar tantos deslocamentos à custa do dinheiro público quando, até agora, nenhuma obra carreou para o nosso município. Informa solenemente suas viagens glamorosas, torrando o dinheiro do povo num acinte desmedido e numa falta de respeito que causa profundo repúdio a esse comportamento de vaidade exacerbada. Enquanto isso, o povo fica a “Passear na Floresta Enquanto ‘seu’ Lobo não Vem”, à perguntar: “Tá pronto, ‘seu’ Lobo?”. Ao que ele responde: “Não, tô sacando no banco o dinheiro das diárias”. “Tá pronto &l squo;seu’ Lobo?”. “Não, tô arrumando minha mala com as melhores indumentárias para me encontrar com Pinheira no Chile; resolver os problemas financeiros do município em ‘Wall Street’ e, apesar de ter votado em Haddad, bater continência para Bolsonaro em Brasília”. Enquanto o povo de Princesa passeia na floresta esperando ‘seu’ Lobo, este leva consigo, em sua viagem à Capital Federal, uma leva de vereadores para se divertirem em pagamento às suas fidelidades compradas. Enquanto o povo passeia na floresta, o Bairro São Silvestre continua sem água; o Hospital São Vicente de Paulo (fechado), continua sem os atendimentos de médicos especializados; as pessoas carentes continuam sem medicamentos necessários aos seu tratamentos constantes; as crianças dos Sítios: Lavandeira, Entremontes, Lagoa da Fazenda, Serrinha, Gavião, etc. continuam sem escolas. Tudo isso enquanto ‘seu’ lobo não vem. Maior se faz a tristeza quando se constata que, com esse dinheiro usado para o passeio do Lobo e seus “cachorrinhos”, far-se-ia possível instalar água no Bairro São Silvestre, iluminar as ruas que estão às escuras, colocar médicos nos Postos de Saúde do jardim Karlota e do Povoado da Várzea, dentre outras providências. O certo é que: da Cordilheira dos Andes para o Vale do Silício, esbarrando no Planalto Central, o Lobo se prepara com o mesmo glamour para promover grandiosa festa do São João fora de época contratando palco por soma estratosférica em desrespeito à população que, quando precisa fazer uma ultrassonografia tem de ir a Manaíra ou às mulheres que não podem mais parir em Princesa. Para matar a charada, faz-se necessário di zer que: o Lobo Mau é o prefeito e, o povo de Princesa, a Vovozinha. Tá pronto ‘seu’ Lobo?

Escrito por DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO em 03 de abril de 2019.

A CHEGADA DE PAULO MARIANO AO “REINO DA GULORA”


   
Na manhã da última terça-feira, após uma espera de cerca de sete horas, viu Paulo abrir-se a janelinha da recepção do inferno. Aproximou-se e viu que lá estava sentado a uma cadeira, um cão ainda novo, cabisbaixo examinando alguns papeis.
     - Bom dia – disse Paulo.
     - Bom dia – respondeu o cão ainda de cabeça baixa -, pode dizer...
     Respondendo ao cumprimento de Paulo, o cão levantou-se e, sem olhar para ele, abriu uma gaveta e começou a manusear algumas fichas. Paulo observou que o cão, de estatura baixa, bunda grande, daqueles torados no grosso já com doze anos de Inferno, demonstrava alguma intimidade com o ofício.
     - Sou Paulo Mariano, de Princesa e vim me apresentar...
    O cão virou-se e disse:
     - Ôxe, Paulo, que diabo tu tá fazendo aqui?
     Ao que Paulo respondeu em repetição ao que disse antes:
     - Oxente, morri ontem e vim me apresentar. E tu me conheces?
     O cão riu e disse:
     - Menino, aqui a gente conhece todo mundo. Olha, teu lugar num é aqui não! Tu num tá em nenhuma lista. Quem te mandou prá cá?
     - Ninguém. – respondeu Mariano -. Eu mesmo achei que, depois de morto só me restaria o Inferno, pois, passei a vida escutando de todos que: “Comunista não entra no Céu!”. Ouvi nos catecismos de dona Maria Basílio, nos sermões de frei Damião e nas preleções que João Mandú fazia antes de encomendar vários defuntos, principalmente, quando eu estava presente. Por isso, vim prá cá.
     - Sendo assim..., peraí – disse o cão-recepcionista –, vou consultar meu chefe. Adentrou a uma portinhola que tinha ao fundo da salinha de recepção, deixando-a aberta. Ficou Paulo a esperar. Nesse ínterim, começou a ouvir, de longe, vozes gritando seu nome: Paulo Mariano, Paulo Mariano!
     Quando o cão retornou, Paulo perguntou:
     - porque tantos gritos chamando meu nome?
     Ao que o recepcionista respondeu:
     - são todos de Princesa.
     Aí, Paulo disse:
    - Mas, eu não tô reconhecendo ninguém.
    Respondeu o cão:
    - Ah, meu filho! Lá na Terra pode-se ter a cara de pau, porém, aqui, as caras são todas iguais. Até eu sou de Princesa...! – e continuou – Olha, teu canto num é aqui não. Aliás, vou te confessar um segredo que tu não revelarás a ninguém: ontem, por volta das nove e meia da noite, quando tu já estavas mais prá cá do que prá lá, houve uma reunião de emergência aqui no Inferno e ficou decidido, por unanimidade, que não te receberiam aqui por hipótese alguma. O motivo da recusa: Vai acanalhar outra freguesia, aqui, NÃO!
     Aí, Paulo disse:
     - Oxente, e eu vou prá onde?
     O cão respondeu:
     - Vai subindo aí que tu encontras onde pousar prá sempre.
     E com essa última resposta, foi fechando a janelinha.
     Paulo, mesmo desorientado, seguiu o conselho do recepcionista e partiu ladeira acima. Após sair do calor infernal que circundava a “Geena” lotada de princesenses, avistou algumas parcas nuvens e, dentre elas, identificou um grande portão e pensou é ali. Ao aproximar-se, viu o nome: PURGATÓRIO. Porém, no meio do portão, estava afixada uma tabuleta com a inscrição: FECHADO DESDE JANEIRO DE 2001. Aí se lembrou Mariano de que, o papa João Paulo II, por ocasião das comemorações do “Jubileu do Milênio” e após anistiar Galileu, Copérnico e Joana D’Arc, havia fechado o Purgatório. E agora?
     Se não tinha reserva no Inferno e o Purgatório tava fechado, restava-lhe somente o Céu. Mesmo achando esquisito, continuou subindo. Nesse momento, já notou que em suas “apás” já cresciam duas asinhas. Aí pensou: “Eu, Anjo? Não! Isso deve ser prá eu não cair, ou tão zonando da minha cara?”. Logo avistou grande portal todo iluminado. Aproximou-se, em seu voo silencioso, e pousou na frente da entrada principal daquele prédio monumental. Adentrou e foi logo vendo um grande Anjo, todo de branco a acenar-lhe com a mão chamando-o a aproximar-se mais. “Vôte! Pensou Paulo. Que diabo é isso homi? Um anjo me chamando para entrar no Céu?”. Mesmo desconfiado, continuou sua caminhada. Chegado ao umbral do edifício, viu uma ampla mesa em que estava sentado, a uma cadeira em sua cabeceira, um velho barbudo que tinha à sua frente, em cima da referida mesa, um molho de grandes chaves e uma folha de papel. Convidado a sentar-se, Paulo o fez de forma comedida e respeitosa (acho que pela primeira vez na vida, digo, na morte). O velho fez-lhe uma solene saudação e Paulo perguntou:
     - Mas..., O que é isso? Aqui não é o Céu?
     Ao que o barbudo respondeu:
     - Sim meu filho, aqui é o Céu sim e seja bem-vindo.
     Essas palavras deram um nó no juízo de Paulo, pois, não acreditava no que ouvia. Mesmo assim, perguntou:
     E o que é que eu estou fazendo aqui? Esse é o lugar reservado para a minha eternidade? Por quê?
     Diante de tantas perguntas, o velho respondeu recitando, solenemente, o que estava contido na folha de papel:
     “Na tua longa vida lá na Terra, defendestes os oprimidos; pregastes a igualdade de direitos para todos; quebrastes a porta da prefeitura de Princesa; distribuístes terrenos para os pobres construírem casas no Jardim Karlota; fostes adversário dos Pereira e dos Nominando; casastes com Terezinha; não frequentastes igreja alguma e, por fim nunca cultivastes a hipocrisia e, por isso, nunca conseguistes ser sequer vereador, escapando assim do fogo eterno. Este é teu lugar, sim. Aqui, poderás, como sempre disseste, observar o teu mundinho lá embaixo [Princesa], sentado numa nuvem, zonando com a cara de todos por toda uma eternidade. Ademais, Paulo, contribuiu muito para a tua estada aqui, a recusa de Lúcifer em te receber lá embaixo, temeroso de que, com a tua irreverência, tu acanalhasse o Inferno. Portanto, fica aí em Paz. Estás agora no “Reino da Gulora!”.

Escrito por DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO (DOMINGUINHOS), em 23 de novembro de 2018.