Ontem, assistindo ao noticiário na televisão, surpreendeu-me
uma notícia estarrecedora: o presidente Bolsonaro autorizou estudo pelo
Ministério da Educação para que sejam suprimidos recursos para o custeio dos
cursos de Ciências Humanas nas Universidades Federais do Brasil. A determinação
presidencial é para que, os gastos com a educação superior sejam destinados
potencialmente para cursos como: medicina, engenharia, educação física, etc.
Filosofia – a mãe de todas as ciências -, Sociologia, Pedagogia, Letras, etc.,
não são mais cursos prioritários. Alega o erudito presidente, que a razão para
tal medida é a necessidade da imediata geração de empregos. Essa mesma linha de
pensamento foi corroborada pelo Ministro da Educação (de nome impronunciável)
que defendeu (para os pobres), o ensino das primeiras letras, das quatro
operações e pronto. Será que o problema é ideológico? Acho que não, pois, esse
governo que está aí, desde o início, afirmou que a educação seria
“desideologizada” e, mesmo assim, queria inserir nos livros didáticos seu slogan de campanha. Os mais novos não
lembram, porém, os mais velhos sabem e comparam essa administração com a do
ex-presidente Jânio Quadros que proibiu o uso de biquínis nas praias; Briga de
Galo, etc. Este [Bolsonaro] acabou de proibir comercial televisivo do Banco do
Brasil sem observar o que determina a Lei das Estatais. Em vão, pois, como
quase todas as medidas tomadas por esse governo, a decisão foi anulada e, a
merda voltou pro cú. Voltando à questão das Universidades, devemos lembrar ao
douto presidente que, em educação não se gasta, se investe. Portanto, com essa
medida de jerico o chefe geral da Nação desestimula o pensamento e promove o
encaminhamento para a transformação do Brasil num país mais obtuso do que ele.
ARTIGOS ESCRITOS POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO EM 27
DE ABRIL DE 2019.
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