PALCOS QUE SE ENCONTRAM

     Na festa da próxima sexta-feira, haverá um encontro inusitado. Estarão, na “Praça da Estrela”, frente à frente, dois palcos. Um, de alvenaria e já batizado de “elefante branco” porque construído com o intuito de não servir para nada e, o outro, composto de estruturas metálicas, que está armado para abrigar a milionária atração musical que custou meio milhão de reais e que, com certeza, deve ter sido também alugado por uma fortuna. A única vantagem que se pode extrair desse encontro de palanques é a remota possibilidade de o pequeno e imprestável palco, construído por Nascimento, de tanto olhar para o grande e dispendioso tablado, aprenda a ser grande e a servir para alguma coisa um dia. Essa reclamação se faz necessária para lembrar ao povo de Princesa que, se o dinheiro que gastaram naquela obra – atendendo a uma ideia “jerical” -, tivesse sido canalizado para a construção dos quiosques daquela Praça de Eventos tudo estaria mais bem justificado. Mesmo assim, Nascimento continua dizendo-se o melhor prefeito da história de Princesa. Macaco não olha pro rabo. Aliás, falar em rabo relembro aqui aquela música que deveria ser a de abertura da festa: ”Eu Não Quero Pagamento Nascimento, Eu Quero é Outro Rabo do Jumento”. Seria até mais justo se acrescentássemos mais outra estrofe daquela memorável melodia: “Veja Pessoal, que Mau Elemento; Não Sei Quem é o Animal se é Ele ou o Jumento...”.

(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 13 DE JUNHO DE 2019).