segunda-feira, 24 de junho de 2019

PERFIS DE PRINCESENSES ILUSTRES






JOSÉ SÉRGIO BARRETO, mais conhecido como doutor Zezito Sérgio, nasceu em Princesa em 15 de agosto de 1934 e era filho natural de Deoclécio Barreto e de dona Albertina Diniz Barreto. Adotado pelo casal Joaquim Sérgio Diniz e dona Maria das Dores Sérgio, mais tarde (28/05/1975), conseguiu, através de averbação judicial, mudar, no Registro Civil, a sua paternidade para este casal. Em 18 de janeiro de 1965, contraiu matrimônio com a jovem filha do ex-prefeito de Princesa, Antônio Maia, Maria Lucina Diniz Maia, com quem teve os seguintes filhos: Frederico; Stephany; Sérgio; José; Antônio e Marcela. Iniciou seus estudos em Princesa na escola particular da professora Maria Alice Maia, completando o ensino fundamental no Grupo Escolar “Gama e Melo”. Findo o curso primário, foi encaminhado pelo seu pai, Joaquim Sérgio, para fazer o curso ginasial e o médio na cidade do Recife. Após essa etapa, prestou vestibular para o curso de medicina e, aprovado, estudou Ciências Médicas na Faculdade de Medicina da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. Formado, colou grau em 1960 e logo veio, como médico, para a cidade de Princesa. Aqui, começou a trabalhar no recém-construído Hospital São Vicente de Paulo, havendo sido, além de clínico geral, diretor daquele nosocômio por muitos anos. Doutor Zezito foi o segundo médico princesense que, depois de formado, optou por vir clinicar em sua Terra (o primeiro foi o doutor Severiano dos Santos Diniz). Nesse mister, dedicou-se de corpo e alma e, com muita coragem e dedicação, salvou muitas vidas. Além da medicina, Zezito teve também ativa participação na vida social da cidade. Casado com uma moça da alta sociedade princesense, formavam um belo casal que era tido como o protótipo da beleza e da ascensão social. Na qualidade de presidente do Clube Recreativo Princesense, na década de 1970, o médico promovia muitas festas e eventos sociais o que causava glamour naquela época. Foi também um dos fundadores da equipe de futebol “Esplanada”. Além das atividades médicas e sociais, doutor Zezito foi também, por muitos anos, rigoroso professor da disciplina “Biologia”, na Escola Cenecista “Nossa Senhora do Bom Conselho”. Não bastassem as atividades acima elencadas, o médico também militava na seara política - embora nunca tenha concorrido a um cargo eletivo -, participava ativamente das campanhas eleitorais tendo tido, muitas vezes, cogitado seu nome para concorrer ao cargo de prefeito. Era aliado politicamente ao grupo liderado pela família “Diniz”. Porém, já no final dos anos 70 e início da década de 80, por motivos que desconheço, ficou estremecido com os líderes de sua agremiação partidária e, após a querela, demitiu-se do Hospital São Vicente de Paulo, rompeu politicamente com Nominando Diniz e mudou-se com a família para a capital pernambucana, em 1983. Antes de sua partida definitiva para o Recife, participou ativamente da campanha eleitoral que elegeu o prefeito Gonzaga Bento (adversário de Nominando Diniz) em 1982, o que fez conjuntamente com alguns amigos e com seu sogro, o ex-prefeito Antônio Maia, que o acompanhou no rompimento político. Depois dessa querela e demais desentendimentos, já fora de Princesa, Zezito fez as pazes com seu antigo grupo político, porém, nunca mais voltou a residir em sua terra. Mesmo passando dos 50 anos de idade, continuou trabalhando no ofício da medicina, dando plantões médicos em algumas cidades pernambucanas. Certa manhã, quando retornava para casa de um desses plantões, dirigindo seu próprio automóvel foi vítima de um acidente automobilístico fatal quando seu carro chocou-se com uma carreta. Faleceu, doutor Zezito Sérgio, aos 52 anos de idade, em 26 de setembro de 1986. Em reconhecimento pelo que representou para o desenvolvimento da sociedade princesense, doutor Zezito recebeu a homenagem na forma de um nome de uma das ruas da cidade, nominando também a Unidade de Acolhimento Infantil da Prefeitura Municipal de Princesa, atendendo, ambas a titularidades, a propositura deste que escreve.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 24 DE JUNHO DE 2019).

2 comentários:

  1. Belíssimo texto, como médico era um grande profissional que amava o que fazia, como pessoa, um ser humilde e um tio carinhoso e atencioso.

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