LUIZ NUNES ALVES, também conhecido como “Severino
Sertanejo” é princesense, nascido no então Distrito de Água Branca em 16 de abril de 1934,
filho de Antônio Alves da Silva e de dona Marta Nunes de Souza. Casou-se com
dona Maria Bernadeth Baptista Alves com quem teve três filhas: Ana Márcia;
Mércia Neves e Marta Bernadeth. Iniciou seus estudos em Água Branca onde fez o
curso primário no Grupo Escolar “José Nominando Diniz”. Em dezembro de 1952, aos
18 anos, veio a Princesa para fazer o “exame de admissão” ao curso ginasial.
Aprovado, matriculou-se, em março de 1953, no então Ginásio “Nossa Senhora do
Bom Conselho”. Seu primeiro contato com a sede de seu município [Princesa] –
que qualificou como: “histórica, bonita e
aprazível cidade” -, por ele mesmo narrado no livro do historiador
princesense Paulo Mariano: “Princesa – Antes e Depois de 30” – Ideia – 2015, 2ª ed. –
João Pessoa/PB: “A tirada de quase 60 quilômetros
custou-me sede, fome e alguma impaciência, no lombo de um burro ao mesmo tempo
lerdo e cansado.”. Em Princesa, logo fez amizades que lhes renderam altos
dividendos tanto emocionais como materiais. Fez-se logo amigo do comerciante Waldemar
Abrantes que o apresentou ao também comerciante e proprietário de uma das
difusoras (serviço de som) da cidade, João de Freitas, que o admitiu: tanto em
sua casa para que pudesse fazer refeições, quanto como locutor da referida
difusora chamada “Serviço de Alto-falante Padre Ibiapina” (daí o apelido pelo
qual ficou conhecido, em Princesa, o nosso biografado como “Lula da Ibiapina”).
Na cidade, fez sólida amizade também com o então prefeito Zacarias Sitônio e
sua esposa Hermosa Pereira Góis Sitônio. Tornado popular pelos serviços de
locução na difusora acima referida candidatou-se, nas eleições realizadas em
1955, a Vereador, no que logrou êxito quando foi eleito, pelo PSD – Partido
Social Democrático, obtendo das urnas 371 votos. Terminado o curso ginasial,
transferiu-se para a capital do Estado, João Pessoa, onde estudou o curso secundário
no “Liceu Paraibano”. Prestou vestibular para o curso de Ciências Jurídicas e,
aprovado, bacharelou-se em Direito pela Universidade Federal da Paraíba. Em
1960 designado pelo Banco do Nordeste foi para Fortaleza onde fez
especializações nos seguintes cursos: “Agente de Crédito Cooperativo” e
“Assistente Jurídico”. Funcionário da Receita Federal exerceu o cargo de
Coletor Federal, em Princesa, de maio de 1960 a fevereiro de 1962. No serviço
público estadual exerceu também os cargos de Caixa de Crédito Imobiliário
(1957/60) e de diretor do Departamento de Crédito Cooperativo (1967/68). Em
1970 foi nomeado Secretário de Estado do Planejamento, cargo em que funcionou
até o início de 1971. Em 11 de março de 1971, foi empossado no cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba vindo a exercer a
presidência dessa Corte de Contas por três vezes. Além dessas atividades no
serviço público, o princesense Luiz Nunes, foi também professor de Ciências das
Finanças e de Direito Financeiro na Universidade Federal da Paraíba e na UNIPÊ.
Amante das letras fez-se escritor (com o pseudônimo de “Severino Sertanejo”)
quando escolheu a literatura de cordel, tornando-se um expert nessa área da literatura, havendo sido elogiado em seus
escritos, por grandes nomes da literatura nacional, a exemplo de José Américo
de Almeida, Orígenes Lessa, Carlos Drummond de Andrade, Câmara Cascudo, dentre
outros. Publicou os seguintes livros: “História da Paraíba em Versos”; “A vida
de Delmiro Gouveia em Versos”; “Inácio da Catingueira”; “Copa 94”; “Coisas da Minha
Sala”, dentre outras publicações. É membro da Academia Paraibana de Letras;
sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano; sócio do Instituto
Paraibano de Genealogia e Heráldica. Hoje, aos 85 anos, já aposentado vive o
nosso ilustre conterrâneo entre sua fazenda em Água Branca e a capital João
Pessoa. Mesmo com a idade avançada, Luiz Nunes, não parou de produzir e continua
escrevendo. Por tudo o que foi e representa para Princesa, seja no campo da
Política; do Serviço Público ou das Letras, está o nosso biografado, a merecer
fazer parte dessa Antologia de princesenses ilustres.
(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO
ROBERTO, EM 28 DE JUNHO DE 2019).
Nenhum comentário:
Postar um comentário