A pressa é inimiga
da perfeição e quem tem pressa come cru. Essas assertivas podem ser aplicadas a
várias outras atividades, menos à política partidária. Nessa seara, a lógica
desobedece ao que é lógico e, nem sempre o que é previsível faz-se plausível;
tampouco o que se estabelece como verdade se constitui sempre como uma verdadeira
verdade. Já dizia o saudoso presidente Tancredo Neves: “a política se comporta como as nuvens do céu”; ou seja, mudam de posição de um minuto para outro. Na política,
quando se tira um pé do lugar, o outro pé (nem sempre o par), imediatamente
ocupa aquele lugar. No processo comandado pela política não existe espaço
vazio. Por isso, a urgência em tomar decisões deve ser considerada, haja vista,
à necessidade de acompanharmos os fatos que ocorrem com muita velocidade, tanto
ao nosso redor quanto os que fogem ao nosso controle. Na vida pública, os
interesses imediatos - muitas vezes conflitantes -, falam mais alto porque os
que os têm, se antecipam àqueles que somente os vislumbram ou não podem
almejá-los. É verdade que há tempo para tudo e que tudo tem seu tempo. No
entanto, a política eleitoral, enquanto jogo, é feroz e não condescende com
nada nem com ninguém quando promove, automaticamente, o atropelamento daqueles
que, sem compasso de tempo, perdem o espaço porque não acompanham seu passo. Daí
porque a necessidade de entendermos o dinâmico funcionamento da política
partidária, condição fundamental para não perdermos o espaço conquistado.
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