sexta-feira, 19 de julho de 2019

POLÍTICA: ESPAÇO, PASSO E COMPASSO.




     A pressa é inimiga da perfeição e quem tem pressa come cru. Essas assertivas podem ser aplicadas a várias outras atividades, menos à política partidária. Nessa seara, a lógica desobedece ao que é lógico e, nem sempre o que é previsível faz-se plausível; tampouco o que se estabelece como verdade se constitui sempre como uma verdadeira verdade. Já dizia o saudoso presidente Tancredo Neves: “a política se comporta como as nuvens do céu”; ou seja, mudam de posição de um minuto para outro. Na política, quando se tira um pé do lugar, o outro pé (nem sempre o par), imediatamente ocupa aquele lugar. No processo comandado pela política não existe espaço vazio. Por isso, a urgência em tomar decisões deve ser considerada, haja vista, à necessidade de acompanharmos os fatos que ocorrem com muita velocidade, tanto ao nosso redor quanto os que fogem ao nosso controle. Na vida pública, os interesses imediatos - muitas vezes conflitantes -, falam mais alto porque os que os têm, se antecipam àqueles que somente os vislumbram ou não podem almejá-los. É verdade que há tempo para tudo e que tudo tem seu tempo. No entanto, a política eleitoral, enquanto jogo, é feroz e não condescende com nada nem com ninguém quando promove, automaticamente, o atropelamento daqueles que, sem compasso de tempo, perdem o espaço porque não acompanham seu passo. Daí porque a necessidade de entendermos o dinâmico funcionamento da política partidária, condição fundamental para não perdermos o espaço conquistado.

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