terça-feira, 30 de julho de 2019

“TAI-DE-FACA”: PALAVRA DE MULTIUSO E QUE DESIGNA MUITAS SITUAÇÕES




     O termo “Tai-de-Faca” é uma expressão genuinamente princesense. A primeira vez que a ouvi foi da boca do meu compadre e amigo Antônio Lira do Ó, mais conhecido como “Tõe Lira”. “Tai-de-Faca” designa várias situações e tem aplicações por demais distintas e antagônicas. Podemos nos referir a um dileto amigo quando, ao vê-lo na rua gritamos: “Fulano, ‘Tai-de-Faca!’ Quanto tempo... Estava com saudade de tu.”. Ou, quando nos referimos a alguém de quem não gostamos e dizemos: “Para a minha casa, não chame aquele ‘Tai-de-Faca’, não!”. E ainda, quando pilhamos alguém revelando um segredo nosso, dizemos: “Marrapaz, tu és ‘Tai-de-Faca’ demais!”. Ou então: “Esse ‘Tai-de-Faca’ é um arretado!”. Há até o caso de o termo ser usado em situações de extrema intimidade, quando tratamos um amigo: “Diz “Tai”, tudo bem?”. São estas, algumas das várias situações em que o termo é aplicado e seria muito bom que esse vocativo fosse divulgado cada vez mais para que esse neologismo princesense se incorporasse ao nosso vernáculo, uma vez ter o mesmo muita riqueza de interpretação; e, para enriquecer esta matéria, optei em retratar-me ao lado de duas  “Tai-de-Faca” que moram no meu coração.

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