quinta-feira, 10 de outubro de 2019

PERFIS DE PRINCESENSES ILUSTRES





SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO


SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO é filha do escritor e historiador princesense, Paulo Cordeiro e Silva Mariano e de dona Terezinha Rodrigues Cordeiro. Viúva, foi casada com o também professor universitário João Azevedo Fernandes (falecido em 24/04/2014), com quem teve um filho e pôs o nome de Paulo Mariano em homenagem ao avô deste. Serioja nasceu em Princesa em 26 de março de 1969. Estudou o curso fundamental na Escola Cenecista “Nossa Senhora do Bom Conselho” e o curso médio na Escola Estadual “Ministro Alcides Vieira Carneiro”.  Em 1990, transferiu-se para João Pessoa onde prestou vestibular para o curso de Bacharelado em História, no que foi aprovada e ingressou na Faculdade de Ciências Humanas da UFPB - Universidade Federal da Paraíba onde se graduou no curso de História. Formada em 1995, decidiu fazer mestrado, o que realizou na UFPE – Universidade Federal de Pernambuco em 1999 com o tema: “Signos em Confronto: o Arcaico e o Moderno na Princesa Isabel (PB) dos Anos Vinte”. Em 2005 doutorou-se em História também pela UFPE, defendendo a tese: “Gente Opulenta e de Boa Linhagem: Família, Política e Relações de Poder na Paraíba (1817-1824)”. Com o intuito de cada vez mais se ilustrar, a doutora Serioja Mariano, partiu para Minas Gerais, onde fez pós-doutorado pela UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais/PROCAD, com o projeto: “A Paraíba e as (inter) conexões provinciais: elites, poder e redes familiares (1825-1840)”. Hoje, é Professora Associada II do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UFPB.

Produção literária

A professora Serioja Mariano publicou três livros, todos pela Editora Universitária da UFPB. Em 2010, lançou o livro: Signos em Confronto? O Arcaico e o Moderno na cidade de Princesa Isabel (PB) na Década de 1920, resultado de sua dissertação de Mestrado. Esse trabalho retrata com muita proficiência a sociedade princesense, nos seus costumes, comportamentos e modo de vida na década de 1920. A Mestra faz relatos baseados em eficiente trabalho de pesquisa e em depoimentos orais de pessoas que viveram aquela época, trazendo a lume informações importantes acerca do cotidiano da vida naquele tempo o que não retrata somente a cidade de Princesa, mas, todos os burgos interioranos daquele porte num resgate importante para o conhecimento do momento mais progressista, pois movido por grande desenvolvimento social, cultural, comercial e industrial, etc. do nosso recém-emancipado (18/11/1921) município. Dada a importância da cidade de Princesa no contexto da história paraibana, quiçá também do Brasil, Serioja não se esqueceu de realçar também – nesse trabalho -, as coisas da política e da chamada “Revolta de Princesa” numa excelente contribuição para que se compreenda melhor os acontecidos de 1930. O segundo livro (2005), intitulado: Gente Opulenta e de Boa Linhagem; Família, Política e Relações de Poder na Paraíba (1817-1824), resultado de seu doutorado, se atém aos acontecimentos pós Revolução de 1817 (Confederação do Equador) até o início do primeiro Reinado, na Paraíba. O terceiro livro é intitulado: “A Paraíba no Século XIX: Sociedade e Culturas Políticas”. Além destas publicações, Mariano é autora de vasta produção em artigos escritos para revistas e trabalhos outros que tratam da história do Brasil e da Paraíba no século XIX e coordena um grupo de pesquisas sobre “Sociedade e Cultura no Nordeste Oitocentista”, vinculado ao CNPq.
                                                   
Hoje

A doutora Serioja Mariano reside atualmente em João Pessoa/PB onde continua lecionando na UFPB na área de História Antiga; História do Brasil e da Paraíba com foco especial no século XIX, atuando principalmente em História do Nordeste com ênfase nos temas: Culturas Políticas; Elites; Redes Familiares; Militares; Guarda Nacional e História da Saúde e das Doenças no Brasil Oitocentista. Além disso, continua seus trabalhos de pesquisas para a produção de mais literatura sobre a história de Princesa, da Paraíba e do Brasil. Em que pese ser muito jovem ainda para ter seu perfil biográfico já assinalado, isso se justifica pelo fato de que sua produção historiográfica já se constitui contributo importante para subsidiar o conhecimento de todos os que se interessam pelos temas por ela abordados. Com o falecimento de seu pai, o grande Paulo Mariano, Serioja e suas irmãs: Danuza e Naiana se investiram de curadoras de seu legado, quando divulgam o profícuo trabalho literário de seu progenitor e promovem lançamentos de seus escritos ainda inéditos, num culto mais do que justo àquele que foi o precursor da historiografia princesense. Por tudo isso e, principalmente pela atenção especial dispensada às coisas de sua Terra [Princesa], quando tomou como base parte de um momento histórico daqui para desenvolver sua tese de mestrado, está Serioja Rodrigues Cordeiro Mariano a merecer figurar na galeria dos princesenses ilustres, não somente pelo que já produziu, mas, também pela certeza de que muito contribuirá ainda - em tempos que hão de vir -, em sua área de atuação.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 09 de outubro de 2019).

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