OTÁVIO AUGUSTO PEREIRA
SITÔNIO PINTO, filho
de Otávio Pinto e de dona Carmélia Pereira Sitônio, nasceu em Princesa em 06 de
maio de 1945, mais exatamente na “Rua Nova”, na casa de sua prima Domitila
Carlos de Andrade, que era prima carnal de sua avó Joana Pereira Lima Sitônio,
irmã do coronel José Pereira Lima. É casado com a enfermeira de nível superior,
Ilka Soares da Silva, com quem tem uma filha chamada Mira-Céli Soares Sitônio.
De uniões anteriores, tem os filhos: Raquel Sitônio Costa; Alexandre Monteiro e
Tiago Medeiros Costa. Ainda bebê mudou-se com a família para a Capital do
Estado da Paraíba pelo fato de seu pai haver concluído em Princesa, trabalhos
de recenseamento para o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em Parahyba (até hoje Otávio Sitônio Pinto, que é sobrinho-neto do coronel Zé Pereira
– que foi o promotor da chamada ”Guerra de Princesa” – não cita o topônimo da
Capital paraibana, que leva o nome do malfadado presidente que foi assassinado
na “Confeitaria Glória” em 26 de julho de 1930, em Recife/PE), fez seus estudos
primários no Colégio “Santa Rosália”, sob a orientação da professora Adamantina
Neves. Após concluir o ensino secundário, Otávio ingressou na Faculdade de
Direito da UFPB - Universidade Federal da Paraíba onde se bacharelou em
Ciências Jurídicas, porém, nunca exerceu a profissão do Direito.
Profissões
Após fazer concurso, foi aprovado e admitido no quadro de
funcionários da Secretaria Estadual de Finanças para exercer o cargo de Auditor
Fiscal. Militante do jornalismo, teve passagens nos jornais: “Correio da Paraíba”;
“O Norte” e, até hoje mantém uma coluna no jornal “A União”, às terças, quintas
e sábados. Exerceu ainda a profissão de publicitário em Recife/PE e em
Brasília. São de sua lavra os slogans: “Onde o sol nasce primeiro” (marca da
Paraíba) e “Lula-Lá” que foi utilizado como carro-chefe da propaganda eleitoral
do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, nas campanhas de 1989, 1994, 1998,
2002 e 2006.
O intelectual
Escritor renomado no âmbito do estado da Paraíba, Sitônio
Pinto publicou os seguintes livros: Collor,
a Raposa do Planalto (artigos); Caminhos
de Toboso (poesias); Deliciosos (crônicas);
A dança do urubu (contos); Sessão das bruxas (crônicas); Sivuca (biografia); Banquete (teatro) e Dom
Sertão, Dona Seca, um ensaio sobre o “Sair” (Semiárido Irregular). Segundo
o jornalista Luiz Augusto Crispim, o livro “Dom Sertão, Dona Seca” – em grau de
importância -, está para o Nordeste brasileiro como “Casa Grande & Senzala”
do escritor pernambucano Gilberto Freyre está para o Brasil. Além dos títulos
acima elencados, Otávio tem vários outros livros prestes a sair. Pelo contexto
de sua obra, é membro efetivo da antiga Academia Pessoense de Letras (à qual
pertenceu José Lins do Rego); da Academia Paraibana de Letras e do Instituto
Histórico e Geográfico da Paraíba. Foi dirigente Sindical e um dos
organizadores do IV Festival de Música Popular Brasileira.
O ativista
Na qualidade de proprietário de terras (por herança) na área
do garimpo de Cachoeira de Minas, em Princesa, administrou a fazenda da família
– Varzinha -, onde era criador, agricultor e garimpeiro. Nessa condição, lutou
contra grupos poderosos como Odebrecht; Mineração Nordeste e WMC – Wester
Mining Corporation em defesa dos garimpos e dos garimpeiros de Princesa,
empresa em que recebeu o apoio dos então deputados Aloysio Pereira Lima e Simão
Almeida. Hoje, aposentado, reside na Capital do Estado e, pelo muito que
representa para a literatura paraibana, ainda segundo Luiz Augusto Crispim,
quando sua letra ganhar “grife editorial com sotaque de São Paulo ou do Rio,
não vai faltar quem o compare a ‘Os
Sertões’ e a ‘Casa Grande & Senzala.’”. Pelo fato de elevar o nome de
Princesa no campo da literatura e do jornalismo, por tudo isso, não poderíamos
deixar de fazê-lo inscrito no rol dos princesenses ilustres.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 22 de outubro de 2019).
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