quinta-feira, 14 de novembro de 2019

COM OS BRICS NÃO SE BRINCA





A atitude do presidente Bolsonaro em relação àqueles a quem devotou ojeriza durante a campanha eleitoral, causa estranheza agora, quando os abraça sem nenhum escrúpulo. Pouco antes das eleições de 2018, o candidato Jair Bolsonaro disse: “A China quer comprar o Brasil”. Ontem, em pronunciamento por ocasião da abertura da 11ª Cúpula dos BRICS (Bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada em Brasília, o presidente afirmou: “Cada vez mais a China fará parte do futuro do Brasil”. Grosso modo isso pode ser considerado normal, pois, campanha é campanha e, governar é outra coisa. O problema é a falta de coerência. Bolsonaro espicaça os países que têm comando político inspirado em ideologias de esquerda. Em janeiro último proibiu, ou melhor, desconvidou os presidentes de Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua para sua posse enquanto fez convite especial aos presidentes da China e da Rússia, ambos obedientes à mesma ideologiza dos quatro “coitados”  de cima. Mesmo sendo considerado persona non grata Evo Morales, da Bolívia, compareceu; enquanto os dois grandes (um armado e outro endinheirado) sequer deram as caras. O complexo de vira-latas não arrefeceu e Bolsonaro, agora, arrasta a asa para os de olhos apertados [China] com o intuito de sair do aperto em que se encontra. Pelo menos nisso, vemos alguma vantagem, pois, desta feita, a besteira do “mito” foi feita de forma inversa e o Brasil, pode lucrar com isso.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 14 de novembro de 2019).

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