Hoje, Dia de Finados, resolvi escrever sobre a história dos
Cemitérios de Princesa. Desde o início da organização populacional, o Arruado,
depois, Povoado, Villa e Cidade de Princesa tiveram seu cemitério. A primeira
“Vivenda dos Mortos” se localizava onde hoje é a Rua Coronel Marcolino (“Rua
Grande”), mais exatamente onde está edificado o prédio que abriga a loja da “K
Móveis”. Em fins do Século XIX, motivado pelo desenvolvimento da Villa e por
interveniência do Coronel Marcolino Pereira Lima o Cemitério foi transferido,
para o local onde hoje se localiza a Av. Presidente João Suassuna (Cruzeiro),
nas imediações da antiga bodega de “Mestre”. A epidemia de Febre Amarela que
atacou Princesa na virada do Século e que ceifou as vidas de um quarto da
população tornou inviável o novo cemitério naquele local, o que obrigou, já no
início do Século XX, ao coronel José Pereira Lima a providenciar a aquisição de
um terreno apropriado para a construção de um novo local para sepultamento dos
mortos. Comprou o terreno ao major José Frazão de Medeiros Lima e transferiu a
Cidade dos Mortos para um novo local. Foi instalado o cemitério no local onde
se encontra atualmente.
Ampliação e lenda
O chamado “Campo Santo” foi ampliado na administração do
prefeito Sebastião Feliciano dos Santos (Batinho), porém, hoje, já se encontra
totalmente completo de catacumbas e túmulos (alguns desconhecidos) necessitando
de ampliação ou da criação de uma nova necrópole para o descanso dos que hão de
ir, inclusive eu. Fui prefeito de Princesa, porém, não consegui recursos para a
construção de um novo local para os defuntos. De qualquer forma, tive sorte,
uma vez que, depois de Odorico Paraguaçu (O Bem Amado), grassa a lenda de que,
o prefeito que construir um novo cemitério, terá a honra de inaugurá-lo. Escapei!
Nesse Dia de Finados, que todos descansem em paz.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 02 de novembro de 2019).
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