“Saio do PSB em busca
da democracia perdida”. Foram estas as palavras iniciais da Carta de João Azevedo ao povo
paraibano, comunicando sua desfiliação do partido (PSB) que o elegeu governador
há menos de um ano. A decisão do governador paraibano se deu motivada pela
dissolução do diretório estadual do Partido, seguida da intervenção nacional
ainda no mês de agosto passado. Desde então, segundo Azevedo, este aguardou que
os ânimos serenassem e o diálogo fosse restabelecido. Como nada disso se
configurou, somado às constantes críticas e aos ataques desferidos pelo
ex-governador Ricardo Coutinho à sua pessoa e à administração que comanda, o
copo da tolerância de João transbordou ontem. Após tomar conhecimento do teor
da última entrevista do criador contra a criatura - quando Coutinho disparou acerbas
críticas ao ex-aliado -, o governador João tomou a decisão de pedir o chapéu e
sair. Na carta, Azevedo não revelou para qual partido migrará. Disse apenas que
não flerta com o extremismo nem com o fanatismo político, seja de direita ou de
esquerda e que vai para uma sigla partidária que respeite a democracia. Em resposta
à carta do governador, o diretório estadual do PSB emitiu nota criticando sua
decisão e o tachado de traidor e dissimulado.
Em Princesa
Como sabemos que o poder embevece a quase todos, ficamos com
a certeza de que a debandada será geral. Principalmente daqueles que não querem
perder o comando dos cargos comissionados que lhes são concedidos para exercer
ou indicar. Em Princesa, o prefeito já anunciou que vai também se desfiliar do
PSB. Nascimento realçou a importância do ex-governador Ricardo Coutinho na
eleição de João Azevedo, mas disse que acompanhará este último para onde ele
for. Já o vice-prefeito, doutor Aledson Moura, aliado de primeira hora do
governador João e do secretário Chefe da Casa Civil, o princesense Edvaldo
Rosas, informou a este Blog que já havia afirmado, desde o mês de agosto, que
acompanharia o governador em qualquer situação e para qualquer partido. O
problema que se apresenta agora deverá ser resolvido pelo governador. Como não
existe mais o instituto da famigerada sublegenda da época da ditadura, um
partido não pode ter dois candidatos a prefeito. Nesse caso, em Princesa,
Azevedo terá de optar por uma das duas candidaturas: a do doutor Alan Moura ou
a do nome indicado por Nascimento. Com a palavra, o articulador político
Edvaldo Rosas.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 04 de dezembro de 2019).
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