Lula na cadeia criou-se uma expectativa de que o povo se
revoltaria contra tal “injustiça” e mobilizações populares se alastrariam pelo
país. Lula livre, a chamada esquerda e até os governantes de plantão acreditaram,
num primeiro momento, que teria o ex-presidente, a força de alavancar
manifestações contra o governo de extrema direita ora instalado. Nem uma coisa nem
outra. No Brasil, em termos de política, o contumaz imediatismo do nosso povo,
o faz esquecer-se de tudo com muita facilidade e rapidez. Ademais, se por si só
o povo já tem esse comportamento, isso se torna mais veemente ainda quando o
líder (no caso, Lula), atrepado no acerbo sentimento de arrogância, sai da
cadeia esbravejando contra tudo e contra todos, como se durante o período em que
esteve no xilindró, o mundo aqui fora ficara congelado. No Brasil, o que já não
é já era. Diante dessa indubitável constatação, botemos a mão na consciência e
nos recolhamos à nossa verdadeira situação de cada qual no seu cada qual. O que
já foi não é mais e, o que hoje é não será mais amanhã. É assim que a banda
toca.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 24 de dezembro de 2019).
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