segunda-feira, 30 de março de 2020

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DE PRINCESA



A VACA E O JACARÉ

Comentando o resultado das eleições municipais de 2000, quando o médico José Sidney Oliveira derrotou o então prefeito Francisco Bezerra de Lima (Assis Maria) que tentava a reeleição, o jornal apócrifo “O Picão” – edição nº 09, de janeiro de 2001, dedicou um editorial reproduzindo as impressões da “vaca” e do “jacaré” com relação aos resultados eleitorais do ano anterior. Na campanha eleitoral, doutor Sidney era representado por um jacaré e, Assis Maria, pela vaca. Segundo “O Picão”:

“Perguntaram à vaquinha: A quem a senhora atribuiu a sua derrota? Ao que a Vaca respondeu: Ah! Meu filho, a muitas coisas. Primeiro, me cercaram de alguns colegas que só me prejudicaram. Eram guarás, antas, ratos, veados, morcegos, etc. Além disso, os bocas-pretas encheram a rua de encarnado e você sabe que vaca não se dá com essa cor. Eu fico encandeada. Pra completar, frei Damião, meu Padim e os santos que eu invoquei, desta vez, não me atenderam. Eu tava mal-acostumada. Parece até macumba. Vôte! Mas não foi só isso. O Jacaré, vivo, expulsou os pés-frios do partido dele e vieram todos prá cá. Me foderam: SolonBatinho, Toga, Edivaldo, Damião, até um pastor. Ah! E os jovens. Estes botaram em mim como eu botei em mestre Alfredo. Quem faz aqui, aqui paga né? Mas, do que eu mais me queixo mesmo é do representante de Cristo aqui na terra. Me lascou... com uma estorinha de mudança e com uma onda de confissão auricular às vésperas da eleição, fez uma campanha danada pro jacaré botando os jovens e as beatas para votar contra mim. Mas, é assim mesmo. Agora já estou mais conformada, afinal de contas, vários fatores contribuíram: uma pitada aqui, outra pitada ali... para finalizar, devo dizer que amamentei durante muito tempo. Principalmente o boi do lixo e o galo véio.”. 
   
 As referências a animais se atinham aos apelidos dos adesistas que foram de Sidney para Assis Maria; as “pitadas”, ao genro que exerceu o cargo de secretário de obras e, o “boi do lixo” e o “galo véio”, a Gonzaga Bento e Aloysio Pereira, respectivamente. Sobre o “jacaré”, o jornal anônimo pontificou: 

“Perguntado sobre o que achava da campanha, o jacaré respondeu: ‘Nunca achei que poderia perder a eleição. Tinha certeza da vitória, mesmo porque, se não fosse na urna, dava uma lapada na vaca com o meu rabo potente. Dizem na rua que a vaca tem raiva de mim pela derrota. A culpa não é minha, é do povo que, burramente, deixou de mamar na vaca para apostar num bicho que vive dentro d’água. Além disso, o representante de Cristo aqui na terra inventou (graças a Deus) uma tal de confissão auricular que foi filé. Frei JoaQUINZE é dez’”. 
    Observe-se que muitos consideraram decisiva a participação do vigário para a obtenção de êxito eleitoral da chapa peemedebista.


(EXTRAÍDO DO LIVRO: “PRINCESA – HISTÓRIA E VOTO – ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 30 DE MARÇO DE 2020).

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