terça-feira, 14 de abril de 2020

CONFINAMENTO E QUEBRADEIRA

Foto:Internet 


Estamos vivenciando uma situação inusitada, sem comparação em todos os tempos. O mundo já passou por guerras, hecatombes, tragédias naturais, porém, nunca experimentou momento igual. Nas epidemias de antanho as coisas eram diferentes, pois, sem as facilidades de comunicação e de mobilidade que temos hoje, tampoucocom essa situação em que nos vemos, vivendo numa verdadeira “Aldeia Global”, tudo se dissemina com facilidade espantosa. As epidemias que assolaram o mundo de antigamente jamais se transformaram em Pandemias. Havia fronteiras e impedimentos, não existia essa interatividade que temos hoje, as distâncias não eram tão curtas e, por isso, barreiras naturais impediam que os males se disseminassem com facilidade. O que vemos hoje é um vírus terrível, que veio de avião, tomando o mundo sem respeitar impedimento algum e, por conta disso, todas as atividades estão sendo prejudicadas e com aparência de dificílima recuperação. O que será da economia de países pobres que estão gastando o que não têm para impedir que as pessoas confinadas morram de fome e as contaminadas morram sem ar? Imaginem que o Brasil, tido como um país em desenvolvimento, já dispendeu todas as suas reservas em socorro de pessoas e empresas. A economia prevista para ser feita nos próximos 10 anos com a Reforma da Previdência, já foi pelo ralo. Daqui a pouco, só restará ao governo emitir moeda e, como todos sabemosa consequência disso é o retorno da inflação. Aonde vamos parar? Como se não bastasse, além desse problema que pode ser resolvido com dinheiro, temos outros mais graves. Primeiro, as mortes causadas pela COVID-19, depois, o isolamento social que está trazendo sérios problemas a toda a população com aumento de violência doméstica, depressão, desemprego, e quebradeira em geral dos pequenos e médios empreendimentos. A situação se agrava a cada dia e não se vislumbra uma solução no horizonte. Resta-nos manter a calma e a esperança de que a situação permaneça nesse patamar e não evolua para situações em que se encontram países da metade setentrional do mundo, a exemplo dos EUA e alguns países da Europa que têm condição melhor do que a nossa, pois, a ocorrer o que vem acontecendo ali, estaremos num mato sem cachorro e, em breve, numa situação de salve-se quem puder.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 14 DE ABRIL DE 2020).

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