terça-feira, 7 de abril de 2020

CURIOSAS CIDADES




O Brasil tem 5.571 municípios. Todos têm nomes. Se nos debruçarmos para um olhar contido sobre as diversas denominações de algumas das cidades brasileiras, nos deparamos com situações curiosas e interessantes. Temos cidades com nomes bonitos, a exemplo de: Vitória da Conquista; Campina Grande; São João Del Rey; Porto Alegre; Recife, dentre outras várias. Cidades com nomes românticos: Flores; feliz; Sorriso. Mas temos também urbes com nomes esquisitos e complicados: Itaquaquecetuba; Guaratinguetá; Jaboatão dos Guararapes; Itapecerica da Serra, Arapiraca; Anhanguera; Propriá. Porém, os nomes que mais chamam a atenção, são aqueles inusitados, ridículos e, estranhamente, sem razão de serem mantidos, quais sejam: São José da Lagoa Tapada; Varre-e-sai; Riacho dos Cavalos; Passa Quatro; São Sebastião de Lagoa de Roça; Piripiri; Pau Grande; Zabelê. É claro que cada cidade tem o direito de adotar o nome que quiser, porém, é sabido que até os nomes de pessoas podem ser mudados quando eles expõem seus donos ao ridículo e alguns municípios se encontram nessa situação carregando nomes de mau gosto. Sei que não é da minha conta, porém, tenho o direito de discordar e aconselhar um plebiscito para modificá-los.

Os normais também têm suas anormalidades

Felizmente, isso não se aplica à nossa cidade. Princesa Isabel (que em minha opinião deveria chamar-se somente Princesa), tem um nome bonito e charmoso. Aliás, todos os 06 municípios que fazem parte da nossa região e que compunham o chamado “Município Velho”, têm nomes, se não belos, pelo menos normais: Tavares; Juru; Água Branca; São José de Princesa e Manaíra. À exceção de Tavares, todos tiveram outros nomes antes do atual. Princesa Isabel foi “Perdição”, “Bom Conselho” e “Princesa”. Juru, foi chamada também de “Ibiapina” e “Barra”. Água Branca já foi “Imoroti”. Manaíra era “Alagoa Nova” e São José de Princesa já foi somente “São José”. Existem também algumas peculiaridades em relação aos nomes das cidades. Observem que nós, quando perguntados de onde somos, nunca dizemos: “sou de Princesa Isabel”. Dizemos, simplesmente, “sou de Princesa”. da mesma forma quem é de Catolé do Rocha (Catolé); Serra Talhada (Serra); Campina Grande (Campina); Feira de Santana (Feira). Porém, ninguém nascido em João Pessoa, dirá: “sou de João” ou nascido em Água Branca, dirá: “sou de Água”. E tem os que distorcem o nome da cidade. Perguntem onde nasceram aos cajazeirenses, que eles, via de regra, dirão: “carrazeiras”; alguns tavarenses se dizem de “tarrares”. Para encerrar, lembro-me de uma história engraçada quando eu era prefeito. Estava reunido, em João Pessoa, com vários prefeitos do interior. A maioria não se conhecia. Perguntei a um deles: “és prefeito de onde?”. O cara me respondeu de chofre: “de Aperreio”. Aperreio? Perguntei surpreso porque não conhecia nenhuma cidade paraibana com aquelnome. O prefeito me respondeu: “Não, rapaz, o nome mesmo é Sossego, mas a situação de lá, com essa seca, tá tão grave que eu mudei o nome para Aperreio.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 07 DE ABRIL DE 2020).

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