terça-feira, 21 de abril de 2020

FLEXIBILIZAÇÃO COM RESPONSABILIDADE




Estamos num impasse que vem causando até crise política. É com relação ao isolamento social recomendado pelas autoridades sanitárias nesse tempo de COVID-19. A OMS – Organização Mundial de Saúde recomenda e a grande maioria dos governos do mundo todo procura seguir, através de decretos que determinam que o comércio e o setor de serviços não considerados essenciais, cerrem as portas. Essa ordem está sendo cumprida à risca, porém, quanto ao confinamento das pessoas – situação que os decretos não alcançam -, está se apresentando inócuo uma vez que, na maioria das cidades, as pessoas não estão obedecendo à recomendação de ficarem em casa. Na última sexta-feira, fui à cidade e observei que, enquanto as lojas continuam fechadas, as pessoas estão circulando normalmente pelas ruas. Observei ainda muitos anciãos (grupo de risco) passeando descompromissadamente como se nada estivessem fazendo, somente flanando pelas ruas. E, o que é mais grave, sem máscaras de proteção. Diante dessa constatação, fica entendido que somente estão sendo punidos - em face dessas medidas restritivas-, os comerciantes e os prestadores de serviços tidos como “não essenciais”. 

Quebradeira geral?

Sou favorável ao isolamento social, mas, o verdadeiro, não o fictício. É fácil entender ser impraticável para um dono de lojinha, oficina ou outro tipo de negócio, permanecer com suas portas fechadas durante longo tempo. Nesse período, suas obrigações não param, pois, eles pagam aluguel, energia, água, alvarás, impostos e, o que é mais grave, deixam de vender e, consequentemente veem cessar sua única fonte de renda. E para esses negociantes não há socorro imediato, pois, são também, em sua maioria, informais. O ideal seria que as autoridades se reunissempara encontrar uma solução. O lojista é obrigado a fechar a loja, o mecânico não pode abrir sua oficina, mas não há uma lei que proíba as pessoas de saírem de casa para passearem nas ruas. Vai aqui uma sugestão: reabram as lojas, descerrem as oficinas, permitam o funcionamento dos pequenos negócios, mas façam isso com responsabilidade. Exijam que os donos dos estabelecimentos disponham no local de uma possibilidade de higienização; que a Prefeitura Municipal determine a obrigatoriedade do uso de máscaras protetivas nos locais públicos e distribua esse material a todo mundo, de forma indiscriminada.   Essa é uma questão de responsabilidade social. Não podemos permitir que os nossos pequenos negócios quebrem, venham à falência.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 21 DE ABRIL DE 2020).

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