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sexta-feira, 24 de abril de 2020
SAUDADES DE AQUINA
Nossa terra enaltecida
Teve o prazer de dar colo
E ter gerado em seu solo
Uma mulher destemida.
Audaciosa, aguerrida
Valorosa gente fina
Dessas que logo fascina
Por transmitir euforia,
Quero falar da alegria
Que era Maria Aquina.
Nasceu la em São José
Viveu por esse torrão
Amando de coração
Proclamando a sua fé.
Sempre de cabeça em pé
Nunca temeu empecilhos
Era cercada de brilhos
No seu lugar preferido,
Amada por seu marido
Assim como por seus filhos.
Viveu alem do seu tempo
Foi ousada e resoluta
Nunca esmoreceu na luta
Mesmo havendo contratempo.
Procurou pra passatempo
Abrir um abecedário
Promoveu aniversário
Foi agente de despacho,
Tirou por cima o riacho
Voando com Calendário.
Professora competente
Não sabia o que era afã
Trabalhava no Detran
Da Polícia foi agente.
Deliberada, valente
Era tudo de primeira
Carinhosa, conselheira
Uma mulher genial,
Amante do carnaval
Comandante da “Frasqueira”.
E assim viveu Aquina
Uma mulher polivalente
Sempre muito contundente
Desde o tempo de menina.
Foi guerreira, foi divina
Foi querubim sonhador
Foi senso transformador
Foi defensora do fraco,
Foi amante do Cavaco
Seu refúgio e grande amor.
Ela se foi de mudança
Partiu repentinamente
Deixando pra sua gente
Um turbilhão de lembrança.
Deixou também uma herança
Com muita propriedade
Se foi para eternidade
Voou feito um albatroz,
Deixando pra todos nós
Mais de um milhão de saudade.
Do primo/poeta
Rena Bezerra
24/04/20
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