segunda-feira, 15 de junho de 2020

ALGO NUNCA VISTO




O direito de se manifestar publicamente é permitido pela nossa Costituição Federal. Porém, o que temos visto ultimamente, por parte dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, infelizmente, são ataques explícitos à democracia. Grupos radicais de extrema direita - felizmente insignificantes quanto à quantidade de pessoas -, desfilam, principalmente pelas ruas de Brasília, portando cartazes, faixas e gritando palavras de ordem pedindo o fechamento do STF - Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. A gravidade se exacerba quando essas manifestações recebem o apoio do próprio presidente Bolsonaro e têm até a participação direta de altas autoridades da República, a exemplo da presença do ministro da Educação, Abraham Weintraub (aquele que chamou os ministros do STF de vagabundos), nos protestos do último domingo em Brasília. O radicalismo chega ao ponto de os manifestantes se apresentarem em similaridade a grupos ultrarradicais, como a Ku Klux Klan (organização terrorista dos EUA), usando capuzes e portando tochas. Existe também o grupo "300 do Brasil", liderado pela ativista Sara Winter (que foi presa hoje pela Polícia Federal), que também em seu rdicalismo, chegou ao extremo de comandar disparos de foguetes contra o prédio do STF. Tudo com a anuência e o apoio do presidente Bolsonaro.

                                                        Comportamentos temerários

Em contrapartida a essas manifestações, ativistas paulistas pró-democracia, estão também promovendo movimentos, em São Paulo, defendendo a democracia e pedindo o impeachment de Bolsonaro. Por enquanto, essas atividades - de ambos os lados -, são pífias, porém, se fazem temerárias uma vez que, da parte dos chamados bolsonaristas, recebem apoios oficiais e de graúdos financiadores privados, sem falar na campanha que o governo federal vem desenvolvendo para armar a população, promover o treinamento militar dos manifestantes e, há quem diga, que tudo isso com o intuito de formar milícias em defesa dos interesses políticos do presidnte da República. Enquanto isso, o "mito" deu entrevista estimulando seus apoiadores a invadirem hospitais para verificarem como estão sendo tratados os pacientes acometidos da COVID-19, e se os dinheiros destinados para o enfrentamento da doença estão sendo bem aplicados. Esses comportamentos se traduzem em situações temerárias, principalmente pelos enfrentamentos que encerram. Os organizadores bolsonaristas já avisaram que as próximas manifestações serão realizadas em frente ao prédio do Comando Geral do Exército, em Brasília, para assim evitar a repressão da Polícia Militar do Distrito Federal. Na verdade, desde o fim da ditadura, isso é algo nunca visto no Brasil.


                                                     DSMR, EM 15 DE JUNHO DE 2020.

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