sexta-feira, 26 de junho de 2020

O PRESIDENTE ACABRUNHADO




Como dizem os evangélicos: “se você não se converter pelo amor, se converterá pela dor”. Depois da prisão de Fabrício Queiroz, o presidente Jair Bolsonaro fechou-se em copas, recolheu-se completamente, adotando comportamento diferente do usual. Parou de dar entrevistas matinais na saída do Palácio da Alvorada; demitiu obtuso e ideológico Weintraub; parou de estimular manifestações antidemocráticas; nomeou, para a educação, um ministro conservador, não ideológico de negro, e discursou pregando a união e o entendimento entre os poderes da República. A tônica, dos agora raros pronunciamentos do presidente Bolsonaro, é de trégua, de entendimento. O baque sofrido com a prisão do ex-assessor do filho nº 01, e a exposição deste no processo da “rachadinha”, mudou o “mito”. O semblante do presidente é o de um homem acabrunhado. Diferente de seu estilo retumbante, quando distribuía “caneladas” a torto e a direito contra os demais poderes, está agora cordato, humilde e comedido no falar. Resta saber até quando vai durar esse inusitado comportamento presidencial. A dor ensina a gemer.

DSMR, EM 26 DE JUNHO DE 2020.

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