quinta-feira, 23 de julho de 2020

A “PANDEMIA” DE PRINCESA




Na virada do século XIX para o século XX, Princesa estava acometida de uma epidemia que grassava em todo o município. Era a Febre Amarela, provocada pelo vírus stegomya fasciata.  Essa doença, que teve seu foco inicial na vizinha cidade pernambucana de Triunfo, chegou a Princesa no início de 1900 e prolongou-se dizimando quase um quarto da população da cidade, até o final de 1902. Esse mal evoluía sem tréguas, os mortos eram amontoados pelas ruas e o pequeno Cemitério da cidade (localizado no final da atual Rua Presidente Suassuna, no Bairro do Cruzeiro), não tinha capacidade de sepultar a todos. Remédio não havia; os que escapavam era por pura sorte. Segundo me foi relatado pelo saudoso tabelião João Florêncio de Campos Barros, que lhe foi repassado por sua avó materna, a sorte do povo de Princesa foi a chegada, ao município, de um médico cearense, vindo das bandas de Lavras da Mangabeira que, inexplicavelmente, saiu de Cajazeiras/PB, onde clinicava e resolveu vir para Princesa,com o intuito de salvar vidas. Era o doutor Ildefonso Augusto de Lacerda Leite. Segundo o relato de João Barros, entendeu o jovem médico que esando a cidade de Cajazeiras bastante atendida por outros profissionais da medicnae que Princesa, órfã desse privilégio, quando severamente atacada pela Peste, estava a necessitar de seus trabalhos para combater o terrívekl mal que matava sem pena seus moradores, optu por esse desiderato humanitário com o intuito único de servir. Afirmava Barros que doutor Ildefonso sempre foi muito elogiado por todos, tio como um competente profissional e com o sentimento de caridade peos pobres que o procurava,m para tratamento, tanto da Febre Amarela quanto de outros males. Epicurista que era, Ildefonso sentia prazer em servir.

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