Ontem, assistindo ao noticiário televisivo tomei conhecimento
de uma informação ridícula. A empresa americana, GitHub, que opera também no
Brasil, está trabalhando para substituir termos considerados abusivos ou
ofensivos à comunidade afro-brasileira e bani-los dos escritos como se isso
acabasse com o racismo existente aqui e em quase todos os lugares do mundo. O
pensamento dos operadores dessas “correções” é o de mudar as expressões: “lista
negra”, para “lista de excluídos”; “mercado negro”, para “mercado ilegal”;
“humor negro”, para “humor ácido”, dentre outras substituições. Ora, quem, em
sã consciência, ao pronunciar essas palavras o faz com a intenção de desmerecer
os de cor? Ou sequer lembram dos afrodescendentes? Bobagem e frescura de
esquerdistas que não têm o que fazer. Os negros, as mulheres, os anões, as
prostitutas, os homossexuais, dentre outros diferentes, são tão ou mais capazes
do que os brancos. Não há diferença alguma quanto à capacidade intelectual ou
de personalidade. O tratamento diferenciado aflora quando aqueles que se
arvoram da condição de politicamente corretos, abordam o assunto de forma
discricionária, sempre lembrando que as minorias são vulneráveis e carecidas de
proteção especial. Longe do exercício negacionista, o problema do racismo,
repito, existe no mundo todo, mas não é um problema de nomenclatura apenas, mas
sim de conscientização e respeito que todos devemos ter pelos semelhantes. Essa
conversa mole contida de hipocrisia de nada adianta nem vai resolver nada. Faço
minhas as palavras de Falcão: menino é menino, mulher é mulher, negro é negro,
veado é veado e não são iniciativas demagógicas que vão fazê-los diferentes,
maiores ou menores do que realmente o são.
DSMR, em 25 de novembro de 2020.
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