O general Ministro da saúde, Eduardo Pazuello, tá parecendo
uma “maria tonta”. De manhã, em reunião com governadores, afirma sobre a
impossibilidade da viabilização da vacina anti-coronavírus ainda este ano. À
noite, depois de ser pressionado pelos políticos por maior empenho quanto à
imunização da população, e criticado pela imprensa por não pôr em prática a
logística necessária para um programa nacional de vacinação em massa, diz que
vai fazer o possível para iniciar essa prática até o final deste mês de
dezembro. Não bastasse isso tem de administrar os humores repentinos e
imprevisíveis do presidente Bolsonaro que, em sua contumácia em falar besteiras,
mesmo diante dessa segunda onda de contágio, vive a dizer que estamos no “finalzinho
da Pandemia”. Às turras com o governador, João Dória, o “mito”, que só enxerga
2022, vez por outra, descredencia Pazuello e este, temeroso de repreensões
públicas, fica igual a uma biruta de aeroporto sem saber o que dizer nem o que
fazer. Enquanto países vizinhos como a Argentina, Chile e Bolívia já aderiram à
vacinação e já elaboraram um Plano Nacional para sua execução, o Brasil está
marcando passo a serviço de questiúnculas políticas.
Enquanto o presidente da República exercita seu descaso com a
doença e seu negacionismo quanto à gravidade desse terrível mal, o estado de
São Paulo parte na frente. O governador, João Dória, já determinou a aquisição
de um lote de vacinas da Coronavac (a chinesa que Bolsonaro detesta), para
atender ao povo de São Paulo, e também, para fornecer aos demais governadores e
prefeitos que se interessarem em comprar o imunizante salvador. Na mesma linha
de Bolsonaro, o novo ministro do Turismo, Gílson Machado, acaba de se
pronunciar, publicamente, contra um novo lock
down, sob a alegação de que, fechar tudo pode quebrar o setor de turismo.
Como vemos, as autoridades federais que deveriam tomar a iniciativa de
resolver, de uma vez por todas os problemas da doença com as vacinas, em plena
segunda onda da COVID-19, quando não debocham, minimizam os efeitos
devastadores da Pandemia. Na verdade, biruta não está sendo somente o general Pazuello,
mas sim, o governo da irresponsabilidade quando demonstra que está mesmo é no
“finalzinho da razão”.
DSMR, EM 11 DE DEZEMBRO DE 2020.
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