sábado, 16 de janeiro de 2021

POR CONTA DO CAOS NA SAÚDE DO AMAZONAS, AUTORIDADES SE DIGLADIAM


 


O clima político no Brasil está de vaca desconhecer bezerro. Enquanto assistimos ao grande número de pessoas, residentes na capital amazonense, ser praticamente dizimado por falta de ar, as autoridades “competentes” brigam entre si tentando se imiscuir de suas responsabilidades. Há quase uma semana que os moradores de Manaus sofrem com o caos na saúde, provocado, primeiro pela irresponsabilidade daqueles que deveriam estar cuidando e, segundo, pela falta de oxigênio. Isso mesmo, oxigênio. Os pacientes de Covid-19, os recém-nascidos prematuros e demais pacientes que necessitam de respiração artificial estão morrendo ali por falta de oxigênio. Gravíssima é a situação sanitária daquele Estado, o que se exacerba quando constatamos que, ao invés de tomarem as providências devidas, as autoridades se digladiam, politizando essa trágica situação. O governador de São Paulo, João Dória, responsabiliza o presidente Bolsonaro chamando-o de facínora. Em resposta, o presidente da República chama o governador paulista de moleque, e por aí vai.

Enquanto isso, o ministro da saúde, Eduardo Pazuello, com a bunda assentada numa cadeira confortável, diz que não tem oxigênio em Manaus porque a FAB – Força Aérea Brasileira não dispõe de aviões para transportar o insumo salvador. Por fora, o vice-presidente, Hamilton Mourão, tem o descaramento de dizer que o governo federal está fazendo mais do o necessário para resolver a grave situação. Alheia a essa briga, a foice da morte decepa as cabeças dos amazonenses, diariamente, sem pena. O único alento nisso tudo, é quando observamos atitudes daqueles que não têm nada a ver com isso, a exemplo do governador da Paraíba, João Azevedo que, sabedor da dramática situação, num ato louvável de solidariedade, disponibilizou leitos de UTI e oxigênio, para socorrer os irmãos daquele estado abandonado por quem de direito. Em protesto a essa situação, várias capitais do Brasil já promoveram, ontem, panelaços durante a edição do Jornal Nacional.  Urge que sejam tomadas providências já. É triste, mas é verdade: pelo correr da carruagem, se não acabarmos com esse governo, logo, logo, ele acabará com o Brasil.

DSMR, em 16 de janeiro de 2021

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