sexta-feira, 19 de março de 2021

GENOCÍDIO BRASILEIRO



Pelo vigésimo dia seguido o Brasil se apresenta ao mundo como recordista no número de casos positivos e de mortes pela Covid-19. O recrudescimento da doença nos traz um momento sombrio e de incertezas. O sistema de saúde, tanto o particular quanto o público, estão em colapso de vagas nas UTI’s, faltam remédiose insumos, carece de recursos humanos, etc. A vacina nos chega em conta-gotas. Enquanto isso, as autoridades não tomam as providências necessárias. Não falo somente do presidente Bolsonaro. A irresponsabilidade deste, quando nega e banaliza a doença, já é uma praxe. Resta-nos agora, que governadores e prefeitos, ponham em prática a autorização dada pelo STF – Supremo Tribunal Federal, para que adquiram vacinas, o único recurso capaz de estancar tantas mortes por essa terrível doença.

Ontem, os comerciantes de Princesa divulgaram uma carta aberta ao senhor prefeito, num apelo desesperado contido até de desobediência civil quando afirmam que não acatarão mais, decretos ou ordens de fechamento de suas lojas e serviços. Na carta, os comerciantes pedem transparência na vacinação e no uso das verbas destinadas ao combate à Covid-19, exigem diálogo e honestidade. Esse segmento, que até recentemente era um bastião defensor de Nascimento, bota agora a boca no trombone questionando a transparência e a honestidade do prefeito. A verdade, é que a sociedade não aguenta mais ver os agentes públicos no conforto de suas mordomias, enquanto as pessoas morrem e eles [os comerciantes] se veem impedidos de trabalhar.

É claro, que o isolamento social e as restrições para evitar aglomerações são necessários nesse momento gravíssimo. Porém, salta aos olhos de todos agora que, junto a isso, deveriam, as autoridades, tomar as providências necessárias para combater a doença. Inicialmente se justificavam os cuidados apenas com a prevenção. Agora não! A doença avança sem controle e, diante da irresponsabilidade do governo federal, resta aos entes estaduais e municipais cuidarem de seus Estados e Municípios. Agora, entrou em vigor a lei do “salve-se quem puder”. A solidariedade com os comerciantes, mesmo diante da ameaça de desobediência civil, se faz necessária no sentido de sensibilizar o prefeito para que não cheguemos a uma situação de desespero total.

DSMR, em 19 de março de 2021.

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