Nada mais cruel do que a falta de sorte coletiva. Quando a coisa é individual, isolada, ainda, ainda. Porém, quando se trata de uma tragédia envolvendo muitas pessoas, isso é muito grave. Principalmente quando se trata da saúde. É o que acontece em vários Estados da Federação. Idosos que receberam a primeira dose da vacina Coronavac, estão agora, na iminência de ter sua imunização sem valia alguma, por falta da aplicação da necessária segunda dose, o que deveria ser feito entre 14 e 28 dias após a primeira dose. Em Princesa, são vários os velhotes que estão nessa situação. Por orientação do então Ministro da saúde, Eduardo Pazuello, os Estados e Municípios usaram todo o estoque de vacinas recebidos, em aplicação da primeira dose, não reservando um lote para a aplicação da segunda dose. Essa irresponsabilidade ministerial (mais uma do incompetente general), está causando sérios transtornos, quando expõe grande parte dos idosos a uma situação que ninguém sabe explicar. E agora? Será que a primeira dose perderá o efeito? Terão os sessentões de tomar mais duas doses? Quando será que chegarão mais vacinas? São perguntas que ninguém se apresenta para responder. O atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, simplesmente, que o Ministério que ele comanda está sem condições de proporcionar a aplicação da última dose do imunizante e que, vacinas da Coronavac, deverão chegar somente daqui a 12 dias. Ora, se já temos pessoas com dez dias de atraso, será que o efeito da vacina ainda voga? Além das agruras naturais acarretadas pela iminência do contágio dessa terrível doença, vem agora esse dilema atroz que acomete aqueles que, já felizes por estarem semi- imunizados, estão agora completamente angustiados. Má sorte a nossa de ter, justo agora, nesse momento crucial da história da humanidade, um governo tão irresponsável como esse comandado por um maluco chamado Jair Messias Bolsonaro.
DSMR, em 27 de abril de 2021.
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