quinta-feira, 24 de junho de 2021

A PRINCIPAL “EMINÊNCIA PARDA” DO GOVERNO BOLSONARO: OSMAR TERRA, FECHA SÉRIE DE DEPOIMENTOS COM CHAVE DE OURO.

Jair Messias Bolsonaro, tal qual uma liderança política queconheço, peca, principalmente, pela exacerbada autossuficiência. Em busca das opiniões que lhes interessam – para lapidar seu discurso, o presidente se fazrodear de pessoas que pensam como ele ou que estão dispostas a amodelarem-se aos seus pensamentos. Os demais, viram fantoches em suas mãos como simples executores de suas vontades.

O depoimento do deputado Osmar Terra, na CPI da Covid-19, na última terça-feira, demonstrou isso claramente. Dando sequência a outros importantes depoentes, o deputado, mesmo negando a existência de um “gabinete paralelo” para aconselhamento ao presidente sobre as coisas da pandemia, além de mentir muito, reafirmou o que todos dizem: “o presidente faz o que quer”. A exemplo dos demais depoentes (todos negacionistas de tudo), Terra admitiu haver conversado com Bolsonaro, mas não para orientá-lo sobre nada.

Com isso, cai por terra a teoria de que Bolsonaro é influenciado, vindo à luz a certeza de que o negacionismo é fruto das convicções do próprio presidente. Pelo que disse Osmar Terra – não diferente do que afirmaram:Pazuello; Waijgarten, as doutoras Nise e Mayra, etc. -, todos os procedimentos erráticos no enfrentamento à pandemia, vêm da lavra do presidente. Esses supostos membros do chamado “gabinete paralelo”, afora o terraplanismo defendido pelo chefe, negam tudo.

Depreende-se daí, que o “mito” acredita mesmo na “contaminação de rebanho”, no “isolamento vertical”, no “uso ineficaz da cloroquina”, na “inocuidade do uso de máscaras e da prática do isolamento social”, dentre outras condutas deletérias. Ao invés de blindarem o presidente, com suas negativas, seus auxiliares extraoficiais o expõem como o responsável por tudo. Se, nesse caso, há crime de responsabilidade quanto às ações desenvolvidas para combater a doença, esse crime deve ser imputado ao presidente da República.

Afinal, é notória a influência intelectual de Bolsonaro em todos os setores do governo. Tanto as indicações quanto as trocas de seus ministros, obedecem à regra da subserviência cega à ideologia extremista do presidente. Já são quatro os ministros indicados para a pasta da Saúde. Todos, sem exceção, passaram pelo constrangimento da desautorização pública. Fica claro com isso que a ordem é do presidente, o negacionismo é dele e, portanto, a responsabilidade é somente de Bolsonaro.


 



 

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