O VEREADOR JOAQUIM
LIMEIRA E A ATA
Em 1994, eu era vereador à Câmara Municipal de Princesa. Diante
do grave problema do abastecimento d´água da cidade, fiz aprovar um
Requerimento, solicitando a instalação de uma Audiência Pública, para tratar da
situação. Para esse evento, compareceram várias autoridades: o prefeito Gonzaga
Bento, a Promotora de Justiça dra. Rosane, o chefe da CAGEPA, dentre outras. Na
qualidade de propositor, fui designado, pelo presidente da Câmara, Gino
Henrique, para presidir a Sessão. Para secretariar os trabalhos e lavrar a Ata
do evento, convideia dra. Wilma Marques Lima.
Durante a Audiência Pública, todas as autoridades presentes,
além de alguns vereadores, fizeram uso da palavra, realçando os problemas que
afligiam a população, apontando soluções e cobrando providências do Governo do
Estado quanto a uma melhoria no fornecimento de água no município. Terminados
os debates, solicitei que a secretária fizesse a leitura da Ata. A doutora
Wilma Lima, pôs-se de pé, empertigou-se e começou a ler o
documento que discorreu sobre tudo o que se passou na Sessão, inclusive sobre o
teor de cada discurso proferido.
Observei que durante a leitura da Ata, o vereador Joaquim
Limeira, muito atento, pôs a mão esquerda em concha, em torno da grande orelha,
para melhor ouvir o que lia a secretária. Finda a leitura, “seu” Joaquim
virou-se para o vereador Batinho e disse, em voz alta: “Essa muié é inteligente pru riba de tudo! Cuma é que ela se lembra
dessa conversa toda? É uma danada!”. Após o encerramento da Sessão, o
vereador Joaquim Limeira fez questão de parabenizar a dra. Wilma. Como não
poderia deixar de ser, a inteligente secretária ficou toda ancha.
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