terça-feira, 13 de julho de 2021

HISTÓRIAS E ESTÓRIAS ENGRAÇADAS DE PRINCESA

PAULO MARIANO, JOCA E OS CHEQUES SEM FUNDOS

Paulo Mariano, historiador, escritor e um dos maiores intelectuais de Princesa, funcionário da CAGEPA – Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba, fazia feira no supermercado de Joca Fernandes. Começou comprando a dinheiro, depois fiado e pagando mensalmente. Mais adiante, adotou a prática de comprar com cheques pré-datados do Paraiban (Banco do Estado da Paraíba). Freguês bom que era, Joca sempre depositou muita confiança nele.

Os primeiros cheques foram compensados normalmente. Com o passar do tempo, Joca depositava os cheques e, os documentos, retornavam por insuficiência de fundos. Foram vários, num total que já perfazia alto valor. Mesmo assim, Paulo continuava fazendo a feira e dando cheques. Joca aceitava por ser, o escritor, um bom freguês e sem a fama de velhaco.

Certo dia, Paulo Mariano se dirigiu à agência do Paraiban e solicitou um novo talonário de cheques. O caixa da agência informou que ele [Paulo], teria de se dirigir ao sub-gerente. Esse cargo era ocupado por Marçalzinho, muito amigo de Mariano. Na sub-gerência, Paulo teve a informação de que deveria resgatar vários cheques sem fundos que estavam em poder do comerciante Joca, para poder ter direito a um novo talonário.

Paulo não se fez de rogado. Partiu imediatamente para o supermercado de Joca. Lá chegando, disse: Joca, soma meus cheques aí e me dá o total”. Animado, o comerciante somou tudo e informou a Paulo o valor. Mariano sacou do bolso a última folha de cheque que possuía, preencheu, entregou a Joca e pediu os cheques que estavam pendentes. Pasmo com a ousadia, Joca nem teve tempo de refletir e entregou os documentos ao freguês.

Dali, Paulo partiu para a agência bancária. Lá chegando, dirigiu-se logo ao amigo Marçalzinho. Jogou em cima do birô do sub-gerente o calhamaço de cheques e disse: “E agora, tenho direito a um novo talão de cheques?”. Marçalzinho questionou: “Pagaste tudo?”. Paulo respondeu: “Nada, bicho. Mandei somar tudo e dei um cheque só”. Paulo recebeu um novo talonário de cheques, Joca Fernandes, não vendeu mais a Paulo Mariano e, até hoje, tem esse cheque guardado de lembrança.  




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