Em meados de junho deste ano, o Senado Federal aprovou, por
38 votos favoráveis e 36 votos contrários Projeto de Lei nº 827/2020, que
suspende medidas judiciais de despejo ou desocupação de imóveis até o final de
2021, devido à pandemia de coronavírus, O texto suspende os atos praticados
desde 20 de março de 2020, exceto aqueles já concluídos. A suspensão ampara
somente os contratos cujo valor mensal do aluguel seja de até R$=600,00 para imóveis
residenciais, e de R$=1.200,00 para imóveis não residenciais. De forma
completamente insensível, o presidente Jair Bolsonaro vetou, por completo, esse
Projeto de Lei.
Na contramão do interesse público, o presidente da República
desistiu de vetar os 35,6 bilhões de reais, reservados na LOA – Lei
Orçamentária Anual, para 2022, aprovados pelos deputados e senadores,
destinados às chamadas “emendas de relator”, ou seja, verbas destinadas aos
parlamentares, distribuídas de forma aleatória entre aqueles que dão
sustentação política ao governo. Alertado pelos deputados do “centrão”, de que
estes tinham votos suficientes para derrubar o veto presidencial, Bolsonaro
recuou e manteve a proposta dos deputados e senadores. Enquanto isso, os pobres
que não podem pagar aluguel estão sendo despejados.
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