A ruptura constitucional é inadmissível sob todos os
aspectos. Golpe militar é algo ultrapassado e fora de moda, principalmente
quando sem motivo que o “justifique”. O que vimos em 1964 tem apenas uma similaridade
com o que vemos agora: desorganização governamental e incompetência
administrativa. Aquele (1964), como hoje, era também um ano que precedia ano
eleitoral.
O que vemos hoje, veiculado nas redes sociais, pelos bolsominions, é uma cruzada antidemocrática que ataca as instituições, prega o
autogolpe e carimba todos aqueles que não rezam pela cartilha do presidente
Bolsonaro, como comunistas. Para justificar a incompetência e a falta de agenda
administrativa do presidente da República, defendem o autoritarismo com o
fechamento do STF e do Congresso Nacional.
Sob o slogan “Deus,
Pátria e Família”, o presidente Jair Bolsonaro – agora terrivelmente evangélico
-, estimula seus devotos a irem às ruas em protesto contra as instituições
democráticas. Para os adeptos desse pensamento, tudo o que não se submete às
maluquices do chefe, é vermelho, é comunista: padres, ministros do STF, etc. De
sorte que, diferente de 1964, não há uma adesão da sociedade civil a essa
intentona golpista.
No momento em que o Brasil precisa de governo para debelar as
crises econômica e sanitária, Bolsonaro incita o povo para participar de
protestos antidemocráticos. Para quem não está aqui, vivenciando tudo isso,
imagina que esse não é o governo do desemprego, da inflação crescente e do
dólar alto, da gasolina e do gás de cozinha nas alturas, da energia cara, etc. Tentemos
entender: nessa verdadeira inversão de valores, eles querem o golpe para que
tudo continue como está?
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