quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Depoimento estarrecedor de advogada movimenta a CPI da Covid

Baseada num dossiê contido de 12 mil páginas, montado pelos 12 médicos que foram afastados dos quadros da operadora de plano de saúde Prevent Senior, a advogada, Bruna Morato, prestou depoimento na CPI da Covid, nessa segunda-feira, dia 28/09. Morato apresentou-se como voluntária para prestar esclarecimentos sobre procedimentos da referida operadora quanto ao tratamento de pacientes acometidos pelo coronavírus em sua rede de hospitais.

Inquirida pelos senadores que integram aquela Comissão Parlamentar de Inquérito, a advogada informou, que pacientes de Covid-19 eram submetidos a tratamento com medicamentos ineficazes para o combate à doença. Afirmou que, de acordo com depoimentos dos médicos afastados, estes eram obrigados a receitar remédios do “kit Covid”, como hidoxicloroquina, ivermectina, prednisona, etc. – sabidamente ineficazes e, muitas vezes provocadores de efeitos colaterais nocivos à saúde de idosas -, sob pena de, em se recusando a isso, serem demitidos.

Bruna Morato confirmou também que, segundo afirmam os referidos médicos, experimentos eram feitos nos hospitais da Prevent Senior, com pacientes de idade avançada, desinformados sobre essa prática, num exercício de procedimentos proibidos, o que transformava os doentes em cobaias, quando aquele serviço de saúde testava medicamentos para combater os males provocados pela Covid-19. Isso faz lembrar as práticas nazistas nos campos de concentração da II Guerra Mundial. Até o lema da Prevent Senior: “Lealdade e Obediência”, faz jus a esse relato medonho.

Não bastassem esses procedimentos escusos, Bruna Morato trouxe também à luz - baseada em vasta documentação, áudios e vídeos -, a comprovação de que todos esses procedimentos eram realizados com o conhecimento e a parceria do chamado “gabinete paralelo” que prestava assessoria ao presidente Jair Bolsonaro sobre o tratamento precoce da Covid-19 com o uso de drogas comprovadamente ineficazes e proscritos para esse fim, pelas autoridades de saúde. Esse conluio tinha o condão de, para a operadora, baratear os tratamentos e, para o governo, evitar o arrefecimento da economia.

Esse depoimento estarrece a todos quando se constata que tudo isso foi feito com o conhecimento das autoridades que deveriam evitá-lo ou combatê-lo, e com o único intuito de preservar a economia, o que foi feito em detrimento da vida, gerando um saldo de, até agora, 595.520 mortes. Enquanto o presidente da República dizia: A economia não pode parar”, várias vidas pararam de existir. Segundo alguns dos senadores que integram a CPI, essa prática não é somente criminosa, mas homicida porque, até “eutanásia disfarçada”, foi praticada contra idosos.



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