Baseada num dossiê contido de 12 mil páginas, montado pelos
12 médicos que foram afastados dos quadros da operadora de plano de saúde Prevent Senior, a advogada, Bruna
Morato, prestou depoimento na CPI da Covid, nessa segunda-feira, dia 28/09.
Morato apresentou-se como voluntária para prestar esclarecimentos sobre
procedimentos da referida operadora quanto ao tratamento de pacientes
acometidos pelo coronavírus em sua rede de hospitais.
Inquirida pelos senadores que integram aquela Comissão
Parlamentar de Inquérito, a advogada informou, que pacientes de Covid-19 eram
submetidos a tratamento com medicamentos ineficazes para o combate à doença.
Afirmou que, de acordo com depoimentos dos médicos afastados, estes eram
obrigados a receitar remédios do “kit Covid”, como hidoxicloroquina,
ivermectina, prednisona, etc. – sabidamente ineficazes e, muitas vezes
provocadores de efeitos colaterais nocivos à saúde de idosas -, sob pena de, em
se recusando a isso, serem demitidos.
Bruna Morato confirmou também que, segundo afirmam os
referidos médicos, experimentos eram feitos nos hospitais da Prevent Senior, com pacientes de idade
avançada, desinformados sobre essa prática, num exercício de procedimentos
proibidos, o que transformava os doentes em cobaias, quando aquele serviço de
saúde testava medicamentos para combater os males provocados pela Covid-19.
Isso faz lembrar as práticas nazistas nos campos de concentração da II Guerra
Mundial. Até o lema da Prevent Senior:
“Lealdade e Obediência”, faz jus a esse relato medonho.
Não bastassem esses procedimentos escusos, Bruna Morato
trouxe também à luz - baseada em vasta documentação, áudios e vídeos -, a
comprovação de que todos esses procedimentos eram realizados com o conhecimento
e a parceria do chamado “gabinete paralelo” que prestava assessoria ao
presidente Jair Bolsonaro sobre o tratamento precoce da Covid-19 com o uso de
drogas comprovadamente ineficazes e proscritos para esse fim, pelas autoridades
de saúde. Esse conluio tinha o condão de, para a operadora, baratear os
tratamentos e, para o governo, evitar o arrefecimento da economia.
Esse depoimento estarrece a todos quando se constata que tudo
isso foi feito com o conhecimento das autoridades que deveriam evitá-lo ou
combatê-lo, e com o único intuito de preservar a economia, o que foi feito em
detrimento da vida, gerando um saldo de, até agora, 595.520 mortes. Enquanto o
presidente da República dizia: A economia
não pode parar”, várias vidas pararam de existir. Segundo alguns dos
senadores que integram a CPI, essa prática não é somente criminosa, mas
homicida porque, até “eutanásia disfarçada”, foi praticada contra idosos.
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