sexta-feira, 15 de outubro de 2021

A democracia chega à Igreja Católica: Francisco faz “Concílio” popular

O Papa Francisco resolveu inovar. Mesmo diante dos narizes torcidos da Cúria Romana, o Sumo Pontífice, numa prática nunca vista na instituição mais antiga e mais conservadora do mundo, vai ouvir a totalidade dos fiéis católicos, numa inusitada pesquisa de opiniões. São 1,3 bilhão de cristãos espalhados pelos cinco continentes e, o Papa, quer saber qual a opinião de cada um sobre os rumos que a Santa Madre Igreja deverá tomar nesses tempos modernos.

A acuidade de Francisco é notória e notável. O Papa tem timing. Antenado com a evasão de católicos que, na Europa aderem ao ateísmo e na América Latina tornam-se adeptos dos evangélicos, Francisco resolveu flexibilizar algumas regras, mas não sem ouvir o povo que, neste caso, substituirá, tanto a “infalibilidade” papal, quanto a inspiração do Espírito Santo”. Por conta disso, alguns prelados o criticam pelo perigo de uma possível ideologização das coisas sagradas.

Nos questionários que deverão ser distribuídos em todas as paróquias do mundo, constarão perguntas sobre vários assuntos, alguns, tabus impensáveis de serem questionados: o celibato dos padres; a participação de homossexuais nos serviços da Igreja; a acolhida de divorciados no seio católico; a participação mais efetiva das mulheres, dentre outras perguntas. Após a apuração dos resultados, a palavra final será a do Papa. Francisco, que é mais pendido para o lado dos progressistas e, para agradar céus e terra, deverá decidir com um olho no gato e outro no peixe.




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