A CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito, instalada para
apurar responsabilidades na má condução de ações em combate ao coronavírus,
apresentou, ontem, seu Relatório final. Em menos de 30 minutos, o senador Renan
Calheiros, relator da CPI, fez uma sucinta leitura dos principais pontos do
referido Relatório, realçando, principalmente, as imputações de crimes
cometidos por autoridades, serviços públicos, empresas, etc.
Foram 66 as pessoas indiciadas, mas, o principal acusado foi
o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. Indiciado por prevaricação;
crime de responsabilidade; crime contra a humanidade; corrupção, dentre outros,
o presidente Bolsonaro deverá responder, junto à Procuradoria Geral da
República por várias ações e inações cometidas em detrimento do efetivo combate
à pandemia.
Listados pelo Relatório, temos que o presidente da República
expôs a população ao risco de contágio quando se comportou, publicamente
contrário: ao uso de máscaras; ao distanciamento social; à compra de vacinas da
Pfizer e do consórcio Covax Facility e
incentivou o tratamento precoce com medicamentos comprovadamente ineficazes.
Além do presidente Bolsonaro, foram também indiciados três dos seus filhos (Flávio,
Eduardo e Carlos Bolsonaro), alguns ministros e empresários, e várias empresas.
Afora os alegados crimes acima listados, a CPI pontuou que o
comportamento do chefe do Poder Executivo Federal, além do negacionismo quanto
aos protocolos de saúde estabelecidos pela OMS – Organização Mundial de Saúde,
estabeleceu o chamado “gabinete paralelo”, com o qual se aconselhou,
priorizando a preservação da economia em detrimento da vida, sempre adotando,
para suas decisões, critérios desconectados com as determinações científicas. O
Relatório será votado na próxima semana.
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