sábado, 2 de outubro de 2021

Histórias e estórias engraçadas de Princesa

Eduardo, Ana e o Gato

Eduardo Ferreira da Luz, mais conhecido como “Eduardo Cabeludo”, casou-se com Ana e partiu para morar em São Paulo. De lá ele já tinha vindo, depois de ali morar por vários anos. Portanto, dá-se a entender que conhecia bem a cidade. Ledo engano, como veremos a seguir.

Chegando a “Sampa”, Eduardo alugou uma pequena casa, mobiliou-a e passaram a viver, os dois, ele e Ana, seu idílio amoroso na Capital da Garoa. Logo no dia seguinte à tomada de casa, Eduardo notou que havia ali, um gato. Um bicho marrom, do rabo grosso, que logo caiu nas graças de Ana. O marido, mesmo gostando de animais de estimação, sem querer dividir o amor de Ana com o bichano, sentenciou:

- Ana, pode dar fim a esse gato. Não quero ele aqui.

Todos sabemos, que cachorro é do dono, mas gato, é da casa. Ana, obediente ao marido, botou o gato pra fora e não lhe deu mais de comer. Mesmo assim, o gato insistiu. Pulava a porta, entrava pela janela. Não dava sossego. Vendo isso, Eduardo decidiu botar o gato num saco e levá-lo para bem longe. Assim fez.

Num dia de domingo de manhã, de folga do trabalho, Eduardo resolveu levar o gato embora. Botou-o num saco, entrou no primeiro ônibus que viu e decidiu que só desembarcaria na última parada. Chegando ao final da linha, desceu do ônibus com o saco à mão e começou a caminhar de forma aleatória com o intuito de confundir o gato. Entrou e saiu de várias ruelas e, por fim, soltou o bicho.

Satisfeito com a missão cumprida, preparou-se para voltar pra casa. Foi para o ponto de ônibus e observou que todos os ônibus que passavam não tinham escrito no painel de cima, o destino; constava apenas números. Mesmo assim, entrou num desses veículos e partiu na intenção de, chegando no centro da cidade, ter alguma orientação. Em vão. Rodou, rodou e nada de saber onde estava.

Sem alternativa, ligou pra Ana:

- Ana, vai na esquina, olha a placa na parede e me diz o nome dessa rua.

- Pra quê, Eduardo? – Perguntou a mulher.

- Homi, eu tô perdido e tenho de pegar um táxi. Já soltei o gato e não tô sabendo voltar pra casa – respondeu Eduardo.

- Oxente Eduardo, pois o gato já tá aqui de novo.




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