Comedido, o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues,
mesmo já tendo tomado a decisão de aderir às hostes governistas – onde
certamente figurará como candidato a vice-governador na chapa da reeleição -,
tentando legitimar sua nova posição, resolveu adiar o anúncio oficial de sua
coalisão com o governador João Azevedo. Pisou no freio para arrumar as coisas.
Esperto, Romero adiantou o carro à frente dos bois e, agora,
recua um pouco, para dar satisfações aos seus correligionários, anunciando que
vai consultar suas bases. Desnecessário porque a decisão já está tomada e, com
certeza, a essa altura ninguém oferecerá óbice à sua nova posição, mesmo
porque, grande parte de seus seguidores já aprovou sua nova opção. Aos demais,
resta apenas segui-lo ou não.
Na verdade, o ex-prefeito, sentindo-se relegado a um plano de
mero instrumento para aqueles que não querem somar com o governo e necessitam
de um palanque para viabilizar suas próprias pretensões; vendo também as
dificuldades que envolvem uma candidatura de oposição a João Azevedo, Rodrigues
resolveu ser protagonista de uma posição que lhe coloca em primeiro plano.
Sabedor que seu nome é o único que pode reunir toda a
oposição em torno de uma candidatura a governador – postulação que acredita
inglória -, Romero tomou uma decisão que poderá lhe dar sobrevida política e
até a ascensão ao topo. Caso João seja reeleito, pleiteará a senatoria em 2026
e, Romero, na qualidade de vice-governador, assumirá a titularidade e poderá
ser candidato à reeleição. É melhor um pássaro na mão do que dois voando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário