quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Neste verão, o Brasil se tornará o paraíso dos não-vacinados

Na contramão do vem acontecendo no mundo todo, o Brasil, sob a orientação do presidente Jair Bolsonaro, desdenha da necessidade da prevenção de uma possível “terceira onda” de covid-19 e deixa de adotar o chamado “passaporte da vacina” para os estrangeiros que devem visitar o país nesse verão que se aproxima. Aliás, advogando em causa própria, uma vez que ele não tomou a vacina.

Ontem, em entrevista coletiva, o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como um ventríloquo do presidente da República, assegurou que não será obrigatória a apresentação do certificado da vacina para os que visitarem o país nesse tempo da variante ômicron, reverberando o que disse Bolsonaro: ”É melhor morrer do que perder a liberdade”. Conceito de liberdade bastante frágil, uma vez ser a vida o bem maior.

O negacionismo do presidente Jair Bolsonaro beira as raias da loucura. Além de desqualificar as vacinas – o que vem fazendo há muito tempo -, desestimula sua aplicação num claro comportamento irresponsável de quem age em descompasso da realidade. É sabido que o número de internações e mortes no Brasil vem caindo, graças à massiva imunização através das vacinas e, mesmo assim, o presidente da República repudia essa salvadora ação.

Como se não bastasse, agora, o chefe da Nação, promove um festival de não-vacinados – proibidos de entrar na maioria dos países do mundo -, a virem para o Brasil, transformando o nosso país no paraíso dos negacionistas. O conceito de liberdade dessa corja irresponsável que, infelizmente, governa o Brasil, poderá, numa possível terceira onda da terrível doença, causar mais mortes ainda do que as mais de 600 mil que já aconteceram. Parafraseando o velho ditado que diz: “Além de queda, coice”, aqui, além de pandemia, Bolsonaro.




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