Em casos similares, coisas diferentes. Em situações iguais,
avaliações diversas. É comigo? Então não
voga. Os outros erram, mas eu não! Sou caluniado. Não tomo nada de ninguém,
apenas copio. Isso lembra quem? Lembra alguém que é visceralmente hipócrita, mentiroso,
falso e dissimulado.
Em 29 de maio do ano passado (2021), o prefeito Ricardo
Pereira do Nascimento, em vídeo distribuído às redes sociais, discursou de
forma exageradamente delicada, porém agressiva, dizendo que a denúncia
impetrada pelo ex-vereador Erivonaldo Freire, sobre a compra superfaturada de
máscaras e testes rápidos para covid-19, já havia sido resolvida no TCE/PB.
Nesse discurso mentiroso, Nascimento afirmava que a denúncia
se tratava de perseguição da oposição e que já havia sido absolvido pelo TCE/PB
e que nada, nada tiraria seu foco. Ninguém atentou para isso, mas é aí onde
reside o problema do gestor princesense: não mudar o foco. Aliás, um foco
roubado.
Roubado sim, pois, tomou emprestado o slogan do saudoso prefeito de São Paulo, Bruno Covas, que morreu
vítima de vários focos de câncer. O foco de Nascimento é outro. É o foco de
corrupção que existe na prefeitura que ele comanda. Tudo dele agora, depois da
“visita” da Polícia Federal a sua casa, é justificado com as palavras, “Força”,
“Foco” e “Fé”.
Força de vontade em continuar prevaricando; Foco num
comportamento meliante e Fé blasfema num deus que ele próprio criou. Esqueceu,
no entanto, de incluir aí o substantivo “coragem”. Pois é, a coragem que ele
tem de dizer o que não é e, mesmo depois de desmoralizado, continuar se auto
intitulando honesto e decente com a cara mais lisa do mundo.
Elencar seus malfeitos demonstra a dimensão de sua
hipocrisia. Como pode intitular-se de bacana quem fraudou licitação, aumentou
seu próprio salário em tempo de pandemia, é inelegível, superfaturou compra de
insumos para combater a covid-19, é denunciado por desvio de recursos federais,
faz do “Comer Melhor” uma indústria de cheques endossados pelos beneficiários,
age com esse mesmo critério quanto aos pacientes de hemodiálise, não recolhe os
descontos dos empréstimos consignados, dentre outras estripulias?
A atual nudez moral de Nascimento causa espécie, não por ser
novidade, mas pela desfaçatez com que ele lida com ela. Classificar esse
comportamento como descaramento é pouco. Isso é um desrespeito institucional à
população princesense, um acinte à Justiça da qual ele debocha quando a põe em
descrédito, ou insinua que a comanda.
Em sua irritada calma, vive a afirmar e reafirmar que nada
tirará seu foco e a dizer que seu mandato somente expirará em 31 de dezembro de
2024, o que, se tivesse tanta certeza, não viveria a reafirmar isso. Quanto ao
foco, repito, é preocupante, pois mantê-lo [o foco], significa que as
traquinagens com o dinheiro público continuarão financiando a prosperidade dele
e dos seus. Slogan mais apropriado
seria: “Farsa”, “fosso” e “Fel”.
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