Primeiro, o tiro saiu pela culatra, despois, os próprios
impetrantes deram última forma. Foi na sexta-feira (25) quando o PL – Partido
Liberal, que abriga o presidente Jair Bolsonaro, entrou na Justiça Eleitoral
pedindo a proibição de manifestações contrárias a Bolsonaro e punição para os
artistas que se manifestassem dessa forma em seus shows.
A reação dos artistas que se apresentaram no sábado e no
domingo foi fulminante quando muitos deles, ao invés de calarem-se, repetiram,
aos gritos: “Fora Bolsonaro” e protestaram contra o que consideraram censura às
suas legítimas manifestações políticas. A desobediência generalizou-se, o que
repercutiu nos meios artísticos, intelectuais e políticos.
Diante dessa veemente reação, o PL entrou com um expediente no TSE, solicitando a desconsideração da ação e pedindo seu arquivamento. Além de queda, coice, pois, com o pedido de proibição o efeito foi o contrário, reacendeu as manifestações o que empolgou a plateia em gritos uníssonos de “Fora Bolsonaro”, acompanhados de palavrões contra o presidente da República. É como dizem: “em merda, quanto mais se mexe, mais fede”. No fim, ganhou a democracia.
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