Desde o fim da II Guerra Mundial, portanto há quase 80 anos,
não havia ameaça tão grave à paz mundial quanto a que vemos agora. Guerras
acontecem, desde então, ao redor do mundo, contudo, nenhuma tem a dimensão
dessa que começou com a invasão da Ucrânia pela segunda maior potência bélica
do Planeta. Vladimir Putin quer a Ucrânia de volta e pensava que o simples
poderio militar russo faria os ucranianos se renderem à sua vontade sem
resistência alguma.
Enganou-se o presidente da Rússia, e o que vê agora é uma
Ucrânia de pé e resolvida a enfrentá-lo. Diferente da crise dos mísseis de
Cuba, em 1962 durante a chamada “Guerra Fria”, quando tudo se resolveu na
conversa, até porque não chegaram às vias de fato (não houve conflito armado),
agora é diferente: a Rússia invadiu a Ucrânia e esta já disse que não se
entrega e Putin, retaliado por sanções econômicas pela maioria dos países do mundo,
vê-se numa saia justa.
Em 1962 cederam, ambos os lados, antes de brigar de fato:
mísseis russos foram retirados de Cuba e foguetes americanos foram retirados da
Turquia. Agora não, o que vemos são filas de refugiados que, não fossem as
fotos em cores, pensaríamos serem imagens feitas no início dos anos 40 durante
a Segunda Grande Guerra. Parece até uma maldição ver que o Putin de hoje se
compara àquele (Rasputin) que muito contribuiu para a queda do império Russo no
início do século passado.
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