Em meio aos fortes indícios de corrupção no Ministério da
Educação, tanto no que se refere ao tráfico de influência na liberação de
verbas a prefeituras do interior do Brasil por intermédio dos pastores
evangélicos, Gilmar Santos e Arilton Moura, e também pelas suspeitas de
superfaturamento na compra de mais de 2.000 Ônibus Escolares, os senadores
oposicionistas ao governo Bolsonaro, afirmam que já colheram as 27 (2/3 do 81
senadores) assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão
Parlamentar de Inquérito para investigar esses supostos ilícitos.
Soa plausível a afirmação do senador Randolfe Rodrigues
(REDE) de que a CPI já é uma realidade. Basta ver que dois dos senadores
paraibanos que passaram ao largo da CPI da Covid-19, Veneziano Vital do Rego e
sua mãe, a senadora Nilda Gondim, já assinaram o Requerimento que pede a
instalação da CPI. Alguns assinam em busca dos holofotes políticos que um
debate dessa natureza pode proporcionar, outros, animados pelo evidente
desgaste político de um governo impopular e cheio de denúncias de corrupção.
Para o governo, em ano de eleição, a instalação de uma
Comissão Parlamentar de Inquérito é tudo o que Jair Bolsonaro não deseja. Além
da vitrine em que se constitui uma CPI, seu desenrolar pode puxar o fio da
meada e descobrir muito mais irregularidades. Em face do aparelhamento
promovido pelo próprio presidente, quando recomendou os pastores ao ministro
Murilo Ribeiro, a oposição antevê que isso não se restringiu apenas à Educação.
A cobra vai fumar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário