Sob o lema “Deus, Pátria e Família”, o presidente Jair
Bolsonaro não perde oportunidade de enfatizar que no seu governo - que já
completa quase três anos e meio -, não há corrupção. Imbuído dessa
meia-verdade, o chefe do Poder Executivo diz o que somente ele próprio
acredita.
Um governo mesclado de militares e religiosos conservadores,
e que já promoveu vários atos de corrupção, a exemplo da quase compra de vacinas
superfaturadas e inexistentes; das denúncias de “rachadinhas” praticadas pelos
filhos e, agora, do propinoduto descoberto no FNDE, não pode ser considerado
sério.
Nada mais evidente, pois, atendendo determinação do
presidente da República, o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, aparelhou o
MEC para atender às demandas por obras de prefeitos do interior do Brasil e aos
anseios de propina de ávidos pastores evangélicos.
Nesse propinoduto, altas somas de dinheiro e até barras de
ouro rolavam em troca da concessão de verbas públicas. Tudo feito com a maior
desfaçatez e em nome de Deus quando Bíblias Sagradas, personalizadas com
fotografias do ministro Ribeiro e dos pastores eram, obrigatoriamente
negociadas com os prefeitos. Glória! Aleluia!
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