Conversando com alguns vendedores ambulantes de Princesa,
colhi a informação de que, malgrado o sucesso das vendas, nos três dias de
festas na Praça da Estrela, grande parte de seus lucros foram revertidos em
benefício da Prefeitura Municipal. Toda barraca armada para a venda de
alimentos, bebidas, etc., tiveram de pagar um Alvará no valor de R$ 700. Essa,
era uma obrigatoriedade para todos que foram unânimes em dizer que, dessa
forma, torna-se proibitiva sua atividade na atual administração. O prefeito
Ricardo Pereira do Nascimento, que diz ser a favor dos pobres, nesse caso
específico, está mais para um explorador de coitados.
quinta-feira, 30 de junho de 2022
Terminado o São João, a ressaca
Projeto de Lei do deputado Leonardo Gadelha beneficia profissionais de enfermagem
Além de haver apoiado o Projeto de Lei que cria o Piso
Salarial para os profissionais de enfermagem, o deputado federal, Leonardo
Gadelha (PSC) apresentou, na Câmara Federal, o Projeto de Lei nº 1.830/21 para
garantir a esses trabalhadores ambientes específicos para o repouso nos
diversos estabelecimentos de saúde. Com a aprovação dessa Lei, não somente os
médicos, mas também os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, terão
o direito a um local adequado para seu repouso nos intervalos de seu trabalho.
“Sabemos que as jornadas de trabalho dos profissionais de enfermagem são
extensas e eles também precisam de um local para descanso”, afirmou Leonardo
Gadelha.
Campeonato tavarense de futebol terá início no próximo domingo
A Prefeitura de Tavares, através de sua Diretoria Municipal
de Esportes, informa que dará início, no próximo domingo (03), ao Campeonato
Tavarense de Futebol, edição 2022. O evento, que é considerado o maior
acontecimento esportivo da região, começará com um jogo envolvendo as equipes
de veteranos de Tavares. O Campeonato contará com a participação de 10 equipes
de futebol e, os jogos, serão realizados no campo “O Rinaldão” no Conjunto Frei
Alberto, na sede do município. A final do campeonato está prevista para
acontecer em novembro, por ocasião das festividades de Emancipação Política do
município.
quarta-feira, 29 de junho de 2022
Deputado das quatro festas do ano
Em entrevista proferida à Rádio Princesa FM, no último dia 27 deste mês, o deputado Hervazio Bezerra, afirmou que não era "deputado copa do mundo". Acertou no dizer porque o que ele é mesmo é um deputado que só vem a Princesa para tomar uísque nas quatro festas do ano. É tanto, que nem o nome da Praça da Estrela ele sabe e, em sua fala, admitiu que Princesa é uma cidade esquecida.
Na verdade, se nós tivéssemos um deputado da terra, a Coletoria Estadual, o Hemonúcleo e a Junta Médica não teriam fechado. Pelo contrário, vários outros benefícios haveriam de ter vindo para cá, a exemplo do que fez uma deputada que conseguiu agora, junto ao governador João Azevedo, uma UTI para a cidade de Catolé do Rocha. Eu acho que é por isso que o deputado Hervazio teve mais votos em Princesa do que em Bananeiras, que é a sua cidade.
terça-feira, 28 de junho de 2022
Em mais um pronunciamento raivoso, o prefeito de Princesa ataca adversários
Cercado de aliados e assistido pelo deputado Hervazio Bezerra
(PSB), o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento (PSB), usou, ontem
(27), os microfones da Rádio Princesa FM para, ao invés de confraternizar com
seus munícipes no espírito das festas de São João, baixou a lenha nos que
criticam suas estripulias administrativas, financeiras e contábeis. Nascimento
não suporta ser criticado, tampouco ser contraditado.
Sempre que o confrontam com suas falcatruas, o prefeito perde
as estribeiras e dispara sua metralhadora giratória, contida de impropérios
chulos, contra seus adversários políticos. Na boca de Nascimento, seus
opositores são todos ladrões, bandidos, quadrilheiros, imbecis, etc. Quem não o
conhece e o escuta, tem a impressão de tratar-se de uma pessoa honestíssima e
de um grande gestor nas áreas da Saúde, Educação, Assistência Social, etc.
Em sua fala, Ricardo Pereira do Nascimento, em franco
desequilíbrio emocional e em tom por demais raivoso, tentou desconstruir a
moral de seus opositores adjetivando a todos com palavras de baixo calão e atribuiu,
os atrasos salariais da gestão anterior, a roubo por parte do ex-gestor. De
forma leviana e irresponsável, movido pelo ódio incontido, o prefeito, diante
da exposição de suas estripulias, reage mentindo, caluniando e difamando, no
que se põe passível de questionamento judicial.
Em sua falsa postura de “homem sério” e de detentor de
“conduta ilibada”, o prefeito de Princesa, esqueceu de pontuar sobre suas
perversões financeiras frente à administração pública. Não falou sobre o
processo que responde por superfaturamento na compra de máscaras e insumos para
o combate à covid-19, tampouco sobre a negativa da Segunda Turma do TRF da 5ª
Região que, por unanimidade, negou Agravo de Instrumento, por ele interposto,
para ter seus bens desbloqueados.
Na decisão, o desembargador federal, Paulo Cordeiro, relator
do processo, negou o pedido de desbloqueio dos bens de Nascimento com o seguinte
argumento: “Há, portanto, indícios da prática de ato improbo, a justificar o
prosseguimento da ação civil pública quanto aos agravantes. Os indícios da
prática de ato improbo são o quanto bastam para o prosseguimento da ação civil
pública. Agravo de Instrumento desprovido”. Essa ação, que o prefeito esqueceu
de mencionar no pronunciamento radiofônico, é a mesma que fez a Polícia Federal
pular seu muro. Toma jeito, Nascimento! És direito demais...
Hipocrisia e vingança na esteira do assassinato de João Pessoa
Às 17:30 horas do dia 26 de julho de 1930, na Confeitaria
Glória, no centro do Recife, o presidente da Paraíba, João Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque era assassinado pelo advogado paraibano João Duarte Dantas. Esse
crime - um dos mais famosos do Brasil -, deu motivo para a reorganização dos
tenentes conspiradores, membros da Aliança Liberal, o que possibilitou a
eclosão da Revolução de 1930 em outubro daquele ano.
Morto, João Pessoa, os revoltosos de Princesa, comandados
pelo coronel José Pereira Lima, abaixaram as armas. A Guerra de Princesa, que
já durava cinco meses, foi suspensa por ordem do coronel e, a cidade, foi
ocupada pelo Exército Brasileiro com o intuito da manutenção da ordem. Entusiasmados,
alguns seguidores de Zé Pereira comemoraram o fato do assassinato, mas este,
pragmático e intuitivo que era, declarou: “perdemos a guerra...”
Num ato de hipocrisia explícita, o coronel José Pereira,
mandou rezar - no dia seguinte à tragédia da Confeitaria Glória - uma missa
solene em sufrágio da alma do desditoso presidente João Pessoa. Aliás, não foi
somente em Princesa que missas foram celebradas em demanda da salvação
presidencial, mas, em quase todas as cidades do Estado e em várias das capitais
do Brasil. Muitos dos princesenses que compareceram ao ato litúrgico,
persignaram-se mais em agradecimento à partida de João Pessoa do que mesmo em
pedido de sua salvação.
Mais tarde, a partir de outubro, com a vitória da Revolução,
um ex-aliado do coronel foi nomeado prefeito de Princesa: Nominando Muniz Diniz
(“seu” Mano). Quase que ato contínuo à sua posse como novo alcaide, Nominando
Diniz, decretou a desapropriação da estátua de Epitácio Pessoa (erigida em
pedestal numa Praça de mesmo nome) fazendo-a deixar de ser propriedade do
coronel Zé Pereira e passando-a a pertencer à municipalidade. A estátua, em
corpo inteiro, havia sido financiada às expensas de Zé Pereira.
Não bastasse isso, em novembro daquele ano de 1930, dando
vazão ao desejo de vingança incontida, tanto dos que comandavam a nova ordem
quanto dos que aqui se fizeram adesistas, “seu” Mano, na qualidade de prefeito,
expediu um Decreto mudando o nome da então “Rua da Ladeira” para Avenida
Presidente João Pessoa. Como vemos, João Pessoa, que não conseguiu adentrar às
ruas de Princesa com sua Polícia Militar, entrava agora como nome de uma das
principais ruas da cidade.
Na verdade, quando da morte de João Pessoa, com o intuito de
ressuscitar as articulações revolucionárias, os tenentes aliancistas de tudo
fizeram para mobilizar a Nação em favor da ruptura institucional. Campanha foi
deflagrada para homenagear o presidente assassinado e, das 26 capitais de Estado
do Brasil, somente sete não apuseram o nome de João Pessoa em uma de suas
principais vias. Missas, foram celebradas pelo país inteiro. Tantas, que,
tirante da que foi rezada em Princesa, certamente a alma de João Pessoa deve
ter ido direto para o céu sem sequer passar pelo purgatório.
A missa da hipocrisia pode ter sido um faz-de-conta, no
entanto, as providências do novo prefeito foram pra valer. Até hoje, a estátua
do presidente Epitácio Pessoa (a única de corpo inteiro existente no Brasil),
continua exposta na Praça que leva seu nome e, a Avenida Presidente João Pessoa
continua também ostentando o mesmo nome. Se a missa de Zé Pereira não serviu
para salvar a alma de João Pessoa, a vingança de Nominando se fez realidade
quando permitiu que o ilustre inimigo de Princesa fizesse morada, para sempre,
no lugar que detestava.
Na companhia de Efraim Filho e Leonardo Gadelha, o doutor Aledson Moura participou de todas as Festas Juninas da região de Princesa
Foi uma verdadeira maratona. Neste ano, todos sedentos de
festas, os municípios que compõem a região polarizada por Princesa, promoveram
eventos juninos em datas distintas para que todos pudessem participar de todas
as festas: Manaíra, São José de Princesa, Tavares, Juru, Água Branca e
Princesa, todos festejaram o São João em grande estilo.
No afã de participar e prestigiar as festividades, o médico e
pré-candidato a deputado estadual, Aledson Moura (PSB), se fez acompanhar dos
também pré-candidatos a senador e deputado federal, Efraim Filho (União Brasil)
e Leonardo Gadelha (PSC), respectivamente, quando estiveram presentes em todas
as cidades da nossa região.
Sendo, o São João, a melhor e maior festa do ano para os
sertanejos, as lideranças políticas não poderiam deixar de estar presentes.
“Incentivar a cultura, o folclore e o turismo local é papel daqueles que
pretendem representar o povo e, com o intuito de incentivar essas tradições,
agendar melhorias futuras”, disse o doutor Aledson Moura.
Prefeitura de Tavares promoveu as maiores e melhores Festas Juninas da história
Sob o comando do prefeito Genildo José da Silva (Coco de
Odálio), a Prefeitura de Tavares promoveu, neste ano, as maiores Festas Juninas
já havidas naquele município. Não bastasse a grande festa realizada na sede do
município, quando a ornamentação da cidade foi considerada a mais bem elaborada
de toda a região, os organizadores dos eventos trouxeram excelentes bandas, o
que foi aprovado por todos.
Completando a intenção de contemplar a todos, o prefeito,
Coco de Odálio, estendeu as comemorações juninas a todos os Povoados: Belém,
Silvestre, Jurema, Domingos Ferreira, Mocambo, etc. e a algumas comunidades
rurais. Tudo com muito forró e muita animação. De parabéns o prefeito e toda a
equipe responsável pela impecável organização.
segunda-feira, 27 de junho de 2022
Prefeito de Princesa exercita oportunismo financiado pelo dinheiro público
No último sábado (25), por ocasião da abertura das Festas Juninas de Princesa, o prefeito, Ricardo Pereira do Nascimento, tentando surfar na onda dos tradicionais "são-joões" das grandes cidades nordestinas, Como se fora um artista e não um prefeito, aproveitou o momento de anunciar as bandas para ovacionar políticos, tanto os da sua preferência, quanto o que está na crista da onda.
Nascimento foi duplamente oportunista quando, além de citar os nomes de seus candidatos a deputados e governador, ajoelhou-se no palco e, teatralmente, puxou um "olê-olê-olá Lula-lá,". Oportunista quando citou seus candidatos preferenciais e, hipócrita, quando deixou de lado seu candidato [Jair Bolsonaro] e fez louvores ao lider das pesquisas eleitorais, corroborando a máxima de que: "o jumento carregado de açúcar, até o rabo é doce"
Problema algum haveria se as bandas que se apresentavam e a estrutura usada, não estivessem sendo pagas com o dinheiro público. Ali, na Praça da Estrela, estavam eleitores de Lula, Bolsonaro, Ciro, Tebet, Janones, etc. e, por isso, o prefeito, que recentemente vestia a camisa com a efígie de Bolsonaro, não poderia dar preferência a outro candidato.
Na verdade, nada a estranhar uma vez ser, o uso indevido do dinheiro público, uma praxe dessa administração. Nascimento tudo faz para promover a si e aos seus, usando a máquina pública. Desta feita, porém, extrapolou, pois, além da promoção pessoal, praticou ilícito eleitoral numa via de mão dupla quando promoveu seus candidatos e, para safar-se de uma vaia, promoveu também o candidato da maioria.
PENSAMENTOS DO DIA
"As algemas de ouro são muito piores do que as de ferro"
MAHATMA GANDHI
"A maioria das crianças sofre do excesso de mães e da escassez de pais"
GLORIA STEINEM
"Paixão por mulher com sotaque só dura dois meses"
VINÍCIUS DE MORAES
O HOTEL DE "DONA SINHÁ"
Dona Sebastiana Ferreira dos Santos, mais conhecida como dona "Sinhá", casada com o rico comerciante e membro da Guarda Nacional, Capitão Severino Maximiano dos Santos, mãe de Carminha e avó de Armênio, Marlene e Luisinha, era uma mulher, alta, branca, elegante e muito bonita. Ao ficar viúva em meados dos anos 30, instalou em Princesa aquela que foi a primeira hospedaria da cidade. Logo que começou a funcionar, aquele estabelecimento passou a ser conhecido como "Hotel de Dona Sinhá". Outros locais que comercializavam alimentação existiam - a exemplo dos "hotéis" de Amália, Isabel ("Zabé) e Safinfa -, porém, oferecer dormida somente a hospedaria de dona Sinhá. Ali passaram a se hospedar os figurões que vinham exercer funções de Juízes, Promotores, Fiscais da Mesa de Rendas ou Delegados de Polícia. Também se alojavam no novo hotel, correspondentes bancários, caixeiros-viajantes, soldados de polícia, dentre outros "estrangeiros. A hospedaria abrigava também dois rapazes-velhos que tinham, por aluguel, quartos cativos naquele hotel, que eram: Neco Lima e João "Maciano" Maximiano.
A hospedaria estava instalada em duas casas geminadas, localizadas à Rua Coronel Florentino, n° 42 (Rua Nova), no centro da cidade. A casa principal era grande e espaçosa, composta de uma sala de estar; um longo e declivado "corredor"; uma sala de jantar, outra de copa e uma grande cozinha. Os banheiros, em número de dois, ficavam no fundo do quintal ao lado de uma grande cisterna. Os quartos eram três na casa principal, localizados ao lado do longo corredor (que serviam a dona Sinhá e a seus familiares) e outros quatro existiam na casa vizinha, interligada com a principal, que possuía uma única sala. Os móveis eram modestos, porém, confortáveis. Na verdade, aquele estabelecimento de passagem, equivalia aos hotéis cinco estrelas de hoje.
Ao adentrar ao hotel, o hóspede ou visitante, era tomado por um forte cheiro de pimenta temperada ao alho que funcionava como forte estimulante do apetite. A culinária era variada e saborosa. Dona Sinhá, em sua exacerbada vaidade, vivia sempre bem vestida, com o rosto adornado por maquilagem à base de pó de arroz, batom e compridos brincos de ouro e um trancelim do mesmo nobre metal. Era a própria dona do hotel quem confeccionava as comidas e, durante a labuta gastronômica, alternava as mexidas nas panelas e os abanos na lenha do fogão, com alguns goles de aguardente que a deixavam bastante animada. Nessa lide, contava dona Sinhá, com a ajuda diária de Maria de "Mané Tocador" que, enquanto esta cuidava na cozinha do hotel, Mané tocava sua sanfona na Casa de Jogo do genro de dona Sinhá, Severino Barbosa, que ficava no final do beco onde se localizava o hotel.
Além dos cuidados com a alimentação e a pousada de seus hóspedes, dona Sinhá provia também seu hotel de mimos como jornais e revistas vindos do Recife, e licores de café e de hortelã que regavam as conversas noturnas. Um dos hóspedes mais ilustre daquela casa foi o doutor Archimedes Souto Maior que ali morou durante todo o período em que exerceu as funções de Juiz de Direito da Comarca de Princesa. O local era tão aprazível e respeitoso que até os frades Carmelitas frequentavam as noites daquela casa de hospedagem, onde se debatiam temas como: política, literatura, religião, dentre outros. Além dessas atividades, muitas vezes ocorriam saraus dos quais participavam músicos consagrados de Princesa, a exemplo de "Canhoto da Paraíba", Zé Costa, Manoel Marrocos e outros.
O "Hotel de Dona Sinhá" funcionou durante longos 40 anos. Com o tempo, os efeitos do consumo contumaz de bebida alcoólica tornou dona Sinhá quase paralítica. Nos últimos anos de sua vida, quase não conseguia andar (o que fazia como se estivesse "engomando"). Cansada pelo peso dos anos e com a saúde debilitada, a velha desativou o hotel e viveu o resto de sua longa vida em cima de uma cama. Dona Sinhá faleceu, aos 97 anos de idade, no dia 07 de setembro de 1987.
domingo, 26 de junho de 2022
Família Frazão deposita, hoje, no Cemitério de Princesa, os restos mortais do Brigadeiro Pedro Frazão
Cumprindo a vontade do ilustre princesense, Brigadeiro Pedro
Frazão de Medeiros Lima - explicitada ainda em vida -, que faleceu em 05 de
dezembro de 2019, sua esposa e filhas, que residem no estado de São Paulo,
estão hoje em Princesa, juntamente com os demais familiares, para o solene ato
de sepultamento de seus restos mortais no Cemitério desta cidade.
Por ocasião das comemorações do seu 96º Aniversário, em 26 de junho de 2019, este blog prestou uma homenagem ao major-brigadeiro, traçando um Perfil Biográfico desse ilustre filho de Princesa, o que reproduzimos aqui. Pedro Frazão, membro de uma família tradicional da nossa Terra, muito bem representou Princesa e está a merecer esta homenagem.
PEDRO FRAZÃO DE MEDEIROS LIMA que, hoje, completa 96 anos de idade é o filho mais velho do segundo casamento do ex-prefeito e ex-ministro do “Território Livre de Princesa”, o Major José Frazão de Medeiros Lima e de dona Ana Florêncio Frazão. Nasceu em Princesa no dia 26 de junho de 1923. Casou-se, em 23 de setembro de 1961 com dona Marina Frazão, com quem teve três filhas: Maria Emília; Ana Luiza e Rosa Maria. Já aos 05 anos de idade, iniciou seus estudos na Escola do professor Luiz Rosas. Depois, recebeu aulas, em sua própria residência, da professora Maria Alice Maia, terminando seus estudos primários no Grupo Escolar “Gama e Melo”. Aos 09 anos de idade foi encaminhado, pelo pai, para estudar em Vitória, capital do Estado do Espírito Santo, onde moravam uma tia e seu meio-irmão Édson Frazão. Lá, fez o exame de admissão quando foi aprovado para fazer o curso ginasial no Colégio “São Vicente”. Na capital capixaba ficou apenas um ano, sendo transferido para terminar o curso ginasial, em regime de internato, na cidade pernambucana de Caruaru. Concluídos os estudos fundamentais, o major José Frazão resolveu mandar seu filho Pedro para a casa da mesma tia que se havia mudado para o Rio de Janeiro.
O aeronauta
PRIMEIRO POUSO DE PEDRO FRAZÃO NO
CAMPO DE LAGOA DA CRUZ.
Na então Capital Federal, ainda impúbere, o rapaz ingressou
na Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos. Como sempre foi entusiasmado por
aviões, sentiu-se em casa e fez excelente proveito dos ensinamentos ali ministrados.
Em 12 de agosto de 1944, já Aspirante a oficial aviador, foi transferido para o
primeiro Grupo de Bombardeio Picado, na Base Aérea de Santa Cruz. Em 1949, já
como Primeiro Tenente, foi transferido para o Recife/PE. Destacando na capital
pernambucana teve várias oportunidades, quando servia ao “Correio Aéreo”, de
vir a Princesa, pilotando pequenos aviões da FAB – Força Aérea Nacional e
pousar no pequeno Campo de Pouso, mandado construir pelo seu pai, o major Zé
Frazão, no Povoado de Lagoa da Cruz. Nessas oportunidades, causava grande
alegria à sua família pelo reencontro e grande festa a todos os princesenses
por terem a oportunidade de ver um avião rasgando os céus da cidade e pousando
naquele pequeno campo. Seu primeiro pouso em solo princesense, ocorreu em 27 de
novembro de 1948 (foto acima). Em 1951 foi transferido para a Base Aérea de
Natal/RN. No final do ano de 1952 foi designado para exercer as funções de
ajudante de ordens do Subchefe do Estado Maior da Aeronáutica, Brigadeiro Henrique
Fleiüss, no Rio de Janeiro. Em 1956, foi promovido para major e tornou-se
oficial de gabinete do então ministro da Aeronáutica. Em 1959 galgou o posto de
Tenente-Coronel e foi designado para comandar o 5º Grupo de Aviação na Base
Aérea de Natal. Em 1965, já Coronel, foi nomeado comandante da Base Aérea de
Belém/PA.
Em 1969, o Coronel Pedro Frazão, foi designado comandante da
Base Aérea de São Paulo/SP e da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Em 1971,
foi servir em Brasília no Estado Maior das Forças Armadas. Em 1º de novembro de
1972, Frazão foi promovido ao posto de Brigadeiro do Ar e convidado a fazer o
Curso Superior de Guerra no Rio de Janeiro. Durante esse curso, o Brigadeiro
participou de viagens de estudos nos seguintes países: Estados Unidos; Japão;
Coreia do Sul e México. Em 1974 foi nomeado Adido Aeronáutico nos Estado Unidos
e Canadá. Coroando sua exitosa carreira militar, em 1976, o ilustre
princesense, foi nomeado Diretor Geral do importante e famoso CTA – Centro
Técnico Aeroespacial, em São José dos Campos/SP, cargo que exerceu até 1979,
quando foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro, designado para a função
de Subcomandante e Diretor de Estudos da ESG – Escola Superior de Guerra. Em
junho de 1981, aos 58 anos de idade, Pedro Frazão, passou para a reserva. A
partir daí, começou a ministrar palestras e conferências sobre os temas:
desenvolvimento; segurança; meio-ambiente; dentre outros. Em homenagem ao
profícuo desempenho desse ilustre filho de Princesa, sua esposa, Marina Frazão,
escreveu o livro: “Pelos Caminhos do Céu e da Terra” – SOMOS editora – 2017 –
São José dos Campos/SP. Desse escrito, extraímos o seguinte excerto:
“Não pretendi escrever uma biografia
convencional. São pedaços, anotações, lembranças de uma vida intensa e bem vivida.
De um homem que, entre céus e terras, entre voos e pousos, cumpriu a missão que
lhe foi confiada de servir à Pátria, à Força Aérea Brasileira, à sua família e
a todos aos que ele pôde de algum modo, prestar ajuda.”
Em junho de 2012 veio comemorar seu aniversário de 89 anos em
Princesa, ocasião em que foi homenageado pela Câmara Municipal, recebendo a
mais importante condecoração do município de Princesa: a “Comenda Dona Nathalia
dos Espírito Santo”. Hoje, é também homenageado com seu nome aposto numa placa
de uma das ruas da cidade que é sua Terra Natal. Durante sua carreira militar,
recebeu várias condecorações, dentre elas, enumeramos algumas: Medalha Mérito
Santos Dumont; Medalha Mérito Tamandaré; Cruz de Aviação por Serviços de
Guerra; Ordem do Mérito Militar; Ordem do Mérito Naval; Ordem do Mérito
Aeronáutico; Medalha da Ordem de Rio Branco, dentre outras. Hoje, aos 96 anos de idade (coincidentemente
completados hoje), vive em seu Sítio “Kairé Poranga” em São José dos Campos/SP,
juntamente com sua esposa Marina. Sem sombra de dúvidas, constitui-se, o
princesense Pedro Frazão de Medeiros Lima, numa das expressões maiores do nosso
panteão de filhos ilustres.
·
Pedro
Frazão faleceu no dia 05 de dezembro de 2019, de causas naturais, na cidade
paulista de São José dos Campos.
sábado, 25 de junho de 2022
SABÁTICAS
🛑 O prefeito de Princesa justificou a derrubada de várias
árvores adultas na Praça da Estrela com o argumento de que: “Todos os ‘Ninhos’
serão erradicados por conta da tubulação de água e, o resto é blá, blá, blá”.
Acontece, que naquela Praça não há tubulação de água.
🛑 O presidente Jair Bolsonaro quer criar uma CPI para
investigar a “sua” Petrobras. É o mesmo que tirar de um bolso e botar no outro.
Se houver algo de errado ali, a culpa é dele, pois é ele quem comanda aquela estatal
do petróleo.
🛑 Falar em Petrobras, com a nova mudança de presidente da
Estatal, o governo já anunciou que, aumento dos combustíveis só ocorrerão após
as eleições de outubro. É uma tragédia anunciada.
🛑 Para quase todos os princesenses, a atitude do prefeito
Nascimento, em proibir fogueiras e foguetões foi por demais arbitrária. Pelo
que se sabe, fumaça e barulho nada têm a ver com covid-19. Enquanto
aglomerações...
🛑 Falar em fogueira, talvez seja essa a última que Nascimento
assopra como prefeito. Notícias que vêm do TRF-5 dão conta de que “indícios da
prática de ato improbo estão dando prosseguimento a uma grave ação civil
pública”.
🛑 Nova pesquisa do Datafolha traz números que demonstram, que
se a eleição fosse hoje, o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro já no
primeiro turno. Lula tem 47% das preferências, enquanto, o outro, tem 28%.
🛑 Na verdade, Jair Bolsonaro cresceu um ponto percentual
desde a última pesquisa realizada em maio. Se continuar com esse crescimento,
chegará a outubro com 31%. De qualquer forma, diminui a pisa, né?
🛑 Falar em Bolsonaro, lembro aqui quando ele disse que, pelo
seu então ministro da Educação, Milton Ribeiro, botaria a cara no fogo. Botou e
queimou-se todo.
🛑 O ministro [Milton Ribeiro] que também é pastor evangélico,
pertencia a um governo “que não tem corrupção”, mesmo assim, foi preso por
liderar uma quadrilha de pastores evangélicos na prática de corrupção no Ministério
que comandava. Nada mais surrealista.
🛑 Ontem (24), o Governo Federal anunciou a maior arrecadação
já ocorrida, num mês de maio, desde 1995. Nos últimos cinco meses, o Brasil já
arrecadou R$ 926 bilhões. Enquanto isso, 33 milhões de pessoas estão passando
fome, ou seja: mais de 15% da nossa população não tem o que comer.
🛑🤝 Os abraços de hoje, vão para: Giann Nominando, Boneca de
Manezim Pereira, Lourdes Paulino, Luís Carlos Cavalcante, Nego Tejo, João Dehon
França, Dario Fernandes, Laurindo Medeiros, Lygia Lopes, Carpejeane, Gláucia
Soares, Lucas Pereira, Alex Daniel, Carlos Bruno Bezerra, Leonardo Nunes,
Mirabeau Teodósio, Raimundo Gato, Yarle de Pipita, Paulinho da Igreja, Gusto
Simplício, Duda Teodósio e doutor Cícero Florentino.
DOUTOR ARCHIMEDES E ANA “PÉ DE BANHA”
Nos idos da década de 1960, doutor Archimedes Souto Maior foi
designado juiz da Comarca de Princesa. Era um homem alto, de fisionomia austera,
bem vestido e portador de um vasto bigode que trazia suas pontas cuidadosamente
retorcidas. Aqui chegando, demonstrou logo ser detentor de grande autoridade.
À época, circulava pelas ruas de Princesa, uma “Moça Velha”
(como eram chamadas, naquele tempo, as mulheres que já com a idade um pouco avançada
não haviam se casado), de nome Ana e que tinha um apelido que detestava: “Pé de
Banha”. Os rapazes, filhos das famílias nobres da cidade, tinham o costume de
gritar – escondidos -, os apelidos das pessoas que não gostavam de assim serem
chamadas. Ana era uma delas, que se via aturdida com as constantes provocações.
Certa tarde, o jovem “Pipita”, amparado numa esquina, ao ver
passar a donzela solteirona, gritou: Ana “Pé de Banha!”. Esta, irritada com as corriqueiras
chateações e sabedora da chegada do novo e autoritário juiz, resolveu
procurá-lo para que providências fossem tomadas quanto a essa falta de respeito.
Para tanto, se dirigiu ao hotel de “Dona Sinhá” – onde o juiz estava hospedado
-, e relatou o fato de estar sempre sendo alvo da desfeita de ser apelidada pelas
ruas da cidade.
Doutor Archimedes escutou seu relato e, ao final, disse,
calmamente: “Dona Ana, tenha paciência,
pois, eu cheguei a Princesa não faz nem um mês e já estão me chamando de
‘bigode de arame’”. Ana, impotente diante daquela sucumbência judicial, deu
uma rabissaca ao magistrado e saiu desbulhando impropérios contra aquele que
deveria resolver seu problema e não o fez. A partir daí, passou a não ligar
mais para o apelido.
sexta-feira, 24 de junho de 2022
SÃO JOÃO NA ROÇA
Da esquerda para a direita, na fila de cima: Boneca de
Manezim Pereira; Ilva de Dominguinhos; Nezinho de Parajara; Carlos de Lindolfo;
Pacu Teodósio e Zé Walter Barreto. Na segunda fila: Cleide de Zé Sobreira Novo;
Lourdinha de João de Rita; Marroquinho; Laurinha de Manoel Bezerra; não
identificada; Antônio de tal; Dinalvo Carlos e Eduardo Abrantes. Em baixo:
Solange de Zé Samuel e Isabel de Mirabeau Lacerda.
Esta fotografia remonta ao ano de 1956, quando alunos do
Grupo Escolar “Gama e Melo”, de Princesa, fantasiados por suas mães,
participaram do chamado “São João na Roça”. Naquele tempo, esse tipo de
comemoração era muito comum no meio escolar. Na foto acima, feita na escadaria
principal daquela Escola, observamos que todos os meninos e meninas, estão
vestidos à caráter e, alguns deles, portando nas mãos instrumentos musicais de
brinquedo. Isso denota, tanto a inocência das crianças quanto a valorização da
nossa cultura nordestina. Essa rememoração, com certeza vai trazer muita
saudade aos que posaram, há mais de 60 anos, quando foram retratados pela lente
de “seu” Etelmínio.
quinta-feira, 23 de junho de 2022
Prefeitura de Princesa gasta mais de 300 mil reais com montagem e desmontagem de estruturas para Festa Junina
Se estiver certo, o senhor Ricardo Pereira do Nascimento, prefeito de Princesa, deverá esclarecer à população sobre esse exorbitante gasto com a montagem e desmontagem de estruturas para a Festa Junina que ocorrerá, em Princesa, nos dias 25 a 27 deste mês de junho. Se estiver errado, certamente, como é praxe, Nascimento ficará caladinho. Afinal, foram pagos, nada mais, nada menos do que R$ 305.855,53.
Por mais que sejamos compreensivos e condescendentes, não podemos - a população princesense - achar normal que se gaste mais dinheiro com um palco e demais estruturas, do que se gastará com a principal banda que vai se apresentar na festa. Ademais, vale salientar que, na desmatada Praça da Estrela, existe um palco de alvenaria novinho em folha.
Não se trata de dizer que o senhor prefeito - que, diga-se de passagem, já tem várias passagens pela Justiça -, está roubando. No entanto, causa estranheza esse gasto astronômico, o que carece de uma explicação à sociedade. Não estamos inventando. Os extratos acima expostos dão conta da veracidade do que escrevemos aqui e, como se trata de dinheiro público, o gestor tem por obrigação de se manifestar. Com a palavra, Nascimento, o MP e o TCE/PB.
O descaso com as Praças de Princesa
Definitivamente, Praças não são o forte do nosso prefeito.
Depois de desmatar a Praça da Estrela, o prefeito Ricardo Pereira do Nascimento
relega as demais ao desprezo total. A fotografia acima, retrata os bustos das Praças,
Marçal Lima Neto (Cancão) e Maria Aurora Diniz. Ambas as estátuas,
completamente depredadas, carecidas apenas de uma mão de tinta e, mesmo assim,
não recebem a atenção devida da secretaria de Infraestrutura. Enquanto isso, a
Prefeitura gasta mais de um milhão de reais na realização de uma festa dançante
que poderia ser feita com muito menos dinheiro.
O “mito” por ele mesmo
“No meu governo não tem corrupção”. Até pouco tempo, era com
estas palavras que o presidente Jair Messias Bolsonaro definia seu governo. No
entanto, com os fatos ocorridos ontem, a máscara caiu. Presos, o ex-ministro da
Educação e os pastores evangélicos recomendados pelo presidente, a única
máscara que resta, na cara do “mito”, é aquela que o protege das feridas pelas
queimaduras de haver jogado a cara no fogo para proteger um corrupto.
O rei está nu. Agora, não bastam a rachadinha dos filhos, nem
os cheques na conta da primeira-dama, tampouco as falcatruas na quase compra da
covaxin. As negociatas dos pastores, recomendados pelo presidente ao ministro
corrupto, vieram à tona e, sem tempo de proibir, o “mito” viu a verdadeira
Polícia Federal desbaratar a quadrilha, e mandar prender os negociadores de
verbas públicas em troca de bíblias e barras de ouro.
Um presidente da República que alardeia aos quatro ventos que
Deus está acima de tudo, não poderia nem deveria permitir, tampouco recomendar
pastores corruptos para negociarem verbas públicas com prefeitos. No exercício
da hipocrisia, que é própria daqueles que exaltam a Divindade maior sem nenhum
escrúpulo, daqueles que usam o nome de Deus em vão, está agora, o “mito”, numa
saia justa, num beco sem saída, a máscara caiu. Pelo que tem acontecido aqui e
alhures, podemos ver que Deus e a Polícia Federal não compactuam com corrupção.
quarta-feira, 22 de junho de 2022
Nesse São João, em Princesa, é proibido quase tudo
Fui à cidade hoje de manhã cedo e, qual não foi a minha surpresa ao ouvir a divulgação, através de um carro-de-som, que o prefeito de Princesa determina que serão proibidos fogueiras e foguetões na noite de São João. Tudo isso em nome da prevenção à covid-19. Será por conta da zoada dos fogos ou por causa da fumaça das fogueiras? Tudo bem? Tudo bem, nada! Temos sim que nos indignarmos com essa proibição que acaba com as nossas tradições mais cultuadas.
Como pode-se usar dois pesos e duas medidas? Enquanto o Poder Público promove uma festa dançante em que deverão estar aglomeradas milhares de pessoas, os cidadãos princesenses, principalmente os idosos, não podem se confraternizar ao redor da tradicional fogueira de São João? Enquanto o prefeito manda soltar girândolas para saudar a vinda dos políticos de sua preferência, as crianças não podem se divertir soltando traques, chuvinhas, pistolas, busca-pés, bufa-de-veia, etc.?
E os vendedores ambulantes de fogos de artifício, que têm somente esse período do ano para negociar em suas barraquinhas, como ficam? Garanto que, quando da apresentação da banda principal e da fala do senhor prefeito, girândolas e fogos coloridos serão lançados ao ar. Primeiro, cortam quase todas as árvores da Praça da Estrela. Agora, proíbem a tradicional fogueira de São João. Daqui a pouco, esse prefeito de fancaria, vai proibir também o povo de comer bacalhau na Semana Santa.
Parabéns à professora Rilda Medeiros
Hoje, meus parabéns vão para a minha querida amiga, a professora Rilda Pereira de Medeiros, uma pessoa por demais especial de quem tenho o privilégio de privar da sua amizade. Desejo a Rilda toda a felicidade do mundo durante os vários anos que se seguirão aos já vividos. Meus parabéns, amiga, muita saúde e paz.
OTÁVIO AUGUSTO PEREIRA SITÔNIO PINTO
OTÁVIO AUGUSTO PEREIRA
SITÔNIO PINTO, filho
de Otávio Pinto e de dona Carmélia Pereira Sitônio, nasceu em Princesa em 06 de
maio de 1945, mais exatamente na “Rua Nova”, na casa de sua prima Domitila
Carlos de Andrade, que era prima carnal de sua avó Joana Pereira Lima Sitônio,
irmã do coronel José Pereira Lima. Casado com a enfermeira de nível superior,
Ilka Soares da Silva, com quem tem uma filha chamada Mira-Céli Soares Sitônio.
De uniões anteriores, tem os filhos: Raquel Sitônio Costa; Alexandre Monteiro e
Tiago Medeiros Costa. Ainda bebê mudou-se com a família para a Capital do
Estado da Paraíba pelo fato de seu pai haver concluído em Princesa, trabalhos
de recenseamento para o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Em Parahyba (até hoje Otávio Sitônio Pinto, que é sobrinho-neto do coronel Zé Pereira
– que foi o promotor da chamada ”Guerra de Princesa” – não cita o topônimo da
Capital paraibana, que leva o nome do malfadado presidente que foi assassinado
na “Confeitaria Glória” em 26 de julho de 1930, em Recife/PE), fez seus estudos
primários no Colégio “Santa Rosália”, sob a orientação da professora Adamantina
Neves. Após concluir o ensino secundário, Otávio ingressou na Faculdade de
Direito da UFPB - Universidade Federal da Paraíba onde se bacharelou em
Ciências Jurídicas, porém, nunca exerceu a profissão do Direito.
Profissões
Após fazer concurso, foi aprovado e admitido no quadro de
funcionários da Secretaria Estadual de Finanças para exercer o cargo de Auditor
Fiscal. Militante do jornalismo, teve passagens pelos jornais: “Correio da Paraíba”;
“O Norte” e, até pouco tempo atrás mantinha uma coluna no jornal “A União”, às
terças, quintas e sábados. Exerceu ainda a profissão de publicitário em
Recife/PE e em Brasília. São de sua lavra os slogans: “Onde o sol nasce
primeiro” (marca da Paraíba) e “Lula-Lá” que foi utilizado como carro-chefe da
propaganda eleitoral do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, nas campanhas
de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006.
CAPA DO LIVRO “DOM SERTÃO DONA SECA”
O intelectual
Escritor renomado no âmbito do estado da Paraíba, Sitônio
Pinto publicou os seguintes livros: Collor,
a Raposa do Planalto (artigos); Caminhos
de Toboso (poesias); Deliciosos (crônicas);
A dança do urubu (contos); Sessão das bruxas (crônicas); Sivuca (biografia); Banquete (teatro) e Dom
Sertão, Dona Seca, um ensaio sobre o “Sair” (Semiárido Irregular). Segundo
o jornalista Luiz Augusto Crispim, o livro “Dom Sertão, Dona Seca” – em grau de
importância -, está para o Nordeste brasileiro como “Casa Grande & Senzala”
do escritor pernambucano Gilberto Freyre está para o Brasil. Além dos títulos
acima elencados, Otávio deixou vários outros livros prestes a serem publicados.
Pelo contexto de sua obra, era membro efetivo da vetusta Academia Pessoense de
Letras (à qual pertenceu José Lins do Rego); da Academia Paraibana de Letras e
do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba. Foi dirigente Sindical e um dos
organizadores do IV Festival de Música Popular Brasileira.
Sem muita vontade, através da minha insistência que
contaminou também a ilustre princesense, Rosane Pereira (neta do coronel José
Pereira Lima), Sitônio Pinto nos brindou com uma informação preciosa: deu-nos
ciência de como era a Bandeira de Princesa quando da Guerra de 1930. Informou a
Rosane que comentou comigo e eu, repassei para o artista plástico Antônio
Maximiano, que reproduziu o Pavilhão princesense, que aqui apresentamos, em
primeira mão. Nada de oficial, pois, essa Bandeira foi refeita, graças aos
depoimentos orais colhidos de Otávio Augusto e da princesense Hermosa Pereira
Sitônio, não existindo nenhum exemplar do referido símbolo que possa comprovar
a veracidade da forma e das cores. Mesmo assim, devemos considerar a
informação, uma vez ter saído da lavra desses dois princesenses, exímios
conhecedores da História de Princesa. Hermosa, que viveu aqueles tempos e
sempre primou pela verdade. Mérito tem também o nosso biografado que nos
prestou essa importante informação.
ESBOÇO DA BANDEIRA DE PRINCESA DURANTE
A REBELDIA DE 1930
O ativista
Na qualidade de proprietário de terras (por herança) na área
do garimpo de Cachoeira de Minas, em Princesa, Otávio administrou a fazenda da
família – Varzinha -, onde era criador, agricultor e garimpeiro. Nessa
condição, lutou contra grupos poderosos como Odebrecht; Mineração Nordeste e
WMC – Wester Mining Corporation em defesa dos garimpos e dos garimpeiros de
Princesa, empresa em que recebeu o apoio dos então deputados Aloysio Pereira
Lima e Simão Almeida. Aposentado, residia na Capital do Estado e, pelo muito
que representou para a literatura paraibana, ainda segundo Luiz Augusto
Crispim, quando sua letra ganhar “grife editorial com sotaque de São Paulo ou
do Rio, não vai faltar quem o compare a ‘Os Sertões’ e a ‘Casa Grande & Senzala.
’”. Pelo fato de elevar o nome de Princesa no campo da literatura e do
jornalismo, não poderíamos deixar de fazê-lo inscrito no rol dos princesenses
ilustres. Otávio Augusto Pereira Sitônio Pinto, faleceu ontem, 21 de junho de
2022, em João pessoa, aos 77 anos de idade.
Falando de Arte
Oxosse na sua caçada
RAFAEL BORJES - 1952, ÓLEO SOBRE MADEIRA, 53 x 80 CM
Rafael Borjes é o
pintor das divindades africanas. Aos sete anos, com o apoio de uma família de
Salvador, matriculou-se no Colégio Salesiano da capital baiana. Lá estudou para
ser carpinteiro, profissão que exerceu ao longo de toda a vida. Em 1938, já era
Pai de Santo e, em sua casa em Salvador, funcionava um terreiro de Candomblé.
Suas primeiras pinturas tinham finalidade religiosa. O MASP possui duas obras
de sua autoria, doadas pelo artista. Em Oxosse
na sua caçada (1952), Rafael Borjes pintou a divindade Oxóssi, orixá da
caça, das matas e dos animais. Na tela, uma estrada que começa na parte
inferior desvia seu curso para acompanhar o rio, criando uma profundidade
intuitiva. Algumas canoas parecem conectar os terrenos separados pelo rio.
Vários animais participam da cena: uma cobra, um tatu, uma libélula, um porco,
um lagarto, veados, entre outros. De verde, azul e amarelo, Oxóssi carrega uma
espingarda. Todos os animais rumam para o mesmo lado, menos a cobra. Orixás são
divindades dos povos iorubá, da Costa Oeste da África, associados à natureza.
Essa matriz cultural chegou ao Brasil por meio dos escravos e se reconfigurou
em religiões como Umbanda e Candomblé, grandes expressões de resistência
cultural negra. (Extraído do Guia do MASP).
Efraim Filho comemora a aprovação da PEC que beneficia profissionais da enfermagem
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara
Federal, aprovou, na última segunda-feira (20), a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que institui a garantia do pagamento do Piso Salarial aos
Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem, Auxiliares de Enfermagem e Parteiras. O
objetivo dessa PEC é o de corroborar o que está disposto na Lei nº 2.564, já
aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados em maio deste ano. A partir de
agora, essa PEC será encaminhada para votação nas duas Casas Legislativas.
Favorável, desde o início, a esse benefício, o deputado e
pré-candidato ao Senado, Efraim Filho, exultou com esse novo encaminhamento:
“Essa é uma luta de anos que tenho orgulho em defender. Os profissionais da
enfermagem merecem todo respeito e valorização”, comemorou Efraim. Com a
aprovação dessa PEC, o Piso Salarial para Enfermeiros passa a ser de R$
4.750,00, 70% desse valor para os Técnicos e 50% para os Auxiliares e Parteiras.