Quem já viu o enterro de um anão?

A pergunta que intitula esta matéria não pode ser feita na cidade de Itabaianinha, no estado de Sergipe. O município, situado no centro-sul daquele Estado, distante 120 quilômetros da capital Aracaju, possui 42.400 habitantes. Desses, 150 são anões que medem em torno de 1,40 metro. Em Itabaianinha existem 25 vezes mais anões do que a média nacional. Lá, existe um anão para cada 266 pessoas ali residentes. No Brasil, essa proporção é de 1 anão para cada 10 mil habitantes.

É nesse município – pertencente ao menor Estado da Federação -, onde existe a maior concentração de anões no mundo. A acondroplasia, popularmente conhecida como “nanismo”, é uma mutação genética que afeta o crescimento dos ossos, o tratamento pode ajudar, mas, a doença, não tem cura. No entanto, os anões, são pessoas intelectualmente sadias e, salvo o preconceito ou algumas dificuldades de acesso, levam uma vida perfeitamente normal.

A título de ilustração, vale informar que a cidade de Itabaianinha é a única no mundo em que as agências bancárias são obrigadas a instalar caixas eletrônicos com meio metro de altura, e onde os supermercados possuem seção com gôndolas adaptadas aos baixinhos, e os ônibus do transporte público, têm portas com degraus rente com o chão. Naquela cidade existem até casas funerárias que vendem ataúdes de um metro e meio. Ali, eles não são abduzidos. Em Itabaianinha existe enterro de anão.