quarta-feira, 17 de agosto de 2022

A posse de Alexandre de Moraes (TSE) foi uma pá de terra nas intenções golpistas de Bolsonaro

Há muito não se via algo tão constrangedor quanto foi a posse do ministro Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral - TSE. Ocorrida ontem (16); para quem observou atento, a solenidade, teve uma única conotação: levar o presidente Jair Bolsonaro à uma arena democrática (pelo protocolo, impedido de falar) onde teve de escutar quatro discursos, todos em defesa do Sistema Eleitoral Brasileiro; da soberania nacional; das liberdades democráticas e do Estado Democrático de Direito.

As falas foram proferidas pelos seguintes oradores: Ministro do STJ, Mauro Campbel; Procurador da República, Augusto Aras; Presidente da OAB, Beto Simonetti; e pelo novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Nunca, uma posse de presidente daquele Poder, foi tão concorrida quanto essa. O cenário armado, superou o evento ocorrido na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco semana passada. Desta feita, acorreram a prestigiar aquela festa cívica, todas as autoridades maiores da República.

Igual um peixe fora d'água e visivelmente constrangido, o presidente Jair Bolsonaro, até para bater palmas se via incomodado. Isolado em seu pedestal, o chefe do Poder Executivo teve de conviver, por mais de uma hora, com as presenças de quatro ex-presidentes (Sarney, Lula, Dilma e Temer); de todos os ministros do STF: de 22 governadores de Estado e teve de ficar sentado ao lado do agraciado maior, Alexandre de Moraes, e de assistir os louvores em aplausos de pé, quando os oradores defendiam o que ele [Bolsonaro] ataca. O presidente estava ali em corpo, porém, em alma..



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