segunda-feira, 15 de agosto de 2022

JOSÉ SÉRGIO BARRETO

DONA LUCINA MAIA E SEU ESPOSO DOUTOR ZEZITO SÉRGIO

JOSÉ SÉRGIO BARRETO, mais conhecido como doutor Zezito Sérgio, nasceu em Princesa em 15 de agosto de 1934 e era filho natural de Deoclécio Barreto e de dona Albertina Diniz Barreto. Adotado pelo casal Joaquim Sérgio Diniz e dona Maria das Dores Sérgio (dona Neném), mais tarde (28/05/1975), conseguiu, através de averbação judicial, mudar, no Registro Civil, a sua paternidade para este casal. Em 18 de janeiro de 1965, contraiu matrimônio com a jovem filha do ex-prefeito de Princesa, Antônio Maia, Maria Lucina Diniz Maia, com quem teve os filhos, Stephany; Sérgio; José; Frederico; Tony e Marcela. Iniciou seus estudos em Princesa na escola particular da professora Maria Alice Maia, completando o ensino fundamental no Grupo Escolar “Gama e Melo”. Findo o curso primário, foi encaminhado pelo seu pai, Joaquim Sérgio, para fazer o curso ginasial e o médio na cidade do Recife. Após essa etapa, prestou vestibular para o curso de Medicina e, aprovado, estudou Ciências Médicas na Faculdade de Medicina da UFPE – Universidade Federal de Pernambuco. 

DOUTOR ZEZITO SÉRGIO ATENDENDO FREI DAMIÃO DE BOZZANO

O médico

Formado, colou grau em 1960 e logo veio, como médico, clinicar na cidade de Princesa. Aqui, começou a trabalhar no recém-construído Hospital São Vicente de Paulo, havendo sido, além de clínico geral, cirurgião, obstetra e diretor daquele nosocômio por muitos anos. Doutor Zezito foi o segundo médico princesense que, depois de formado, optou por vir trabalhar em sua Terra (o primeiro foi o doutor Severiano dos Santos Diniz). Nesse mister, dedicou-se de corpo e alma e, com muita coragem e dedicação, salvou muitas vidas quando não se imiscuía de realizar procedimentos vários como partos, cirurgias, etc. Além da medicina, Zezito teve também ativa participação na vida social e cultural da cidade.

Desportista, professor e político

Casado com Lucina Maia, moça da alta sociedade princesense, professora de francês, os dois, formavam um belo casal que era tido como o protótipo da beleza e da ascensão social. Fazendo jus a essa condição, moravam na casa mais bela da cidade, assinavam a Revista “Manchete” e passavam férias em Bariloche, na Argentina. Na qualidade de presidente do Clube Recreativo Princesense, na década de 1970 (Associação que ajudou a fundar), o médico promovia muitas festas e eventos sociais o que causava glamour naquela época. Foi também um dos fundadores da equipe de futebol “Esplanada”. Além das atividades médicas e sociais, doutor Zezito foi também, por muitos anos, rigoroso professor da disciplina “Biologia”, na Escola Cenecista “Nossa Senhora do Bom Conselho”.

Não bastassem as atividades acima elencadas, o médico militava também na seara política - embora nunca tenha concorrido a um cargo eletivo -, participava ativamente das campanhas eleitorais tendo tido, muitas vezes, cogitado seu nome para concorrer ao cargo de prefeito. Era aliado politicamente ao grupo liderado pela família “Diniz”. Porém, já no final dos anos 70 e início da década de 80, por motivos de ordem pessoal e profissional, ficou estremecido com os líderes de sua agremiação partidária e, após a querela política, demitiu-se do Hospital São Vicente de Paulo, rompeu politicamente com Nominando Diniz e mudou-se com a família para a capital pernambucana, em 1983. Antes de sua partida definitiva para o Recife, participou ativamente da campanha eleitoral que elegeu o prefeito Gonzaga Bento (adversário de Nominando Diniz) em 1982, o que fez conjuntamente com alguns amigos, liderados por seu sogro, o ex-prefeito Antônio Maia, que o acompanhou no rompimento político.

A reconciliação e o fim trágico

Depois dessa briga política e demais desentendimentos, já fora de Princesa, Zezito fez as pazes com seu antigo grupo político, porém, nunca mais voltou a residir em sua terra. Mesmo passando dos 50 anos de idade, continuou trabalhando no ofício da medicina, dando plantões médicos em algumas cidades pernambucanas. Certa manhã, quando retornava para casa de um desses plantões, dirigindo seu próprio automóvel foi vítima de um acidente automobilístico fatal, quando seu carro chocou-se com uma carreta. Faleceu, doutor Zezito Sérgio, aos 52 anos de idade, em 26 de setembro de 1986. Em reconhecimento pelo que representou para o desenvolvimento da sociedade princesense, doutor Zezito foi homenageado com uma placa em uma das ruas de Princesa ostentando seu nome e também, dando seu nome à Unidade de Acolhimento Infantil da Prefeitura Municipal de Princesa, atendendo, ambas as titularidades, a propositura deste que escreve, quando vereador e prefeito, respectivamente. Doutor Zezito Sérgio que, se vivo fosse, completaria hoje, 88 anos de idade e, por tudo o que representou para Princesa, esse diligente médico, está a merecer figurar nos Anais da nossa História como um princesense lustre.



 

 

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