quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Xandu, a jovem que morreu porque queria amar

 Xandu tinha 20 anos quando foi morta pelos irmãos. Seu pecado:  amar.

Ela sonhou com o amor que lhe foi negado pela família, ao lhe impor um marido que mal conhecia.

Um marido viciado em cabaré e rapariga, que lhe presenteou com uma gonorréia na noite de núpcias.

A moça, de família tradicional, mal chegara aos 18 anos quando lhe arranjaram um casamento com um marido cuja profissão era viajar com o seu caminhão para Caruaru e Recife transportando cargas.

E nas suas ausências, Xandu era obrigada a ficar em casa ou indo à igreja na companhia de pessoas do seu sexo.

Até que apareceu o bonito Otacílio, casado e pai de filhos, acostumado a derreter corações femininos.

O de Xandu derreteu na hora.

E depois de muitas hesitações e medos, terminaram amantes.

Um caso de amor que rompeu as fronteiras da conveniência e chegou ao conhecimento público.

E a consequente tragédia.

Numa noite de festas, os três irmãos de Xandu, cumprindo ordens da enjoada mãe, entraram na sua casa, encontraram o amante debaixo da cama, mataram-no a tiros e em seguida alcançaram a pobre moça que tentava fugir pulando o muro, cravaram a faca no seu coração, arrastaram o corpo ainda com vida para dentro de casa e o abandonaram no corredor.

Otacílio foi levado para a calçada da rua e jogado no cimento frio como um objeto imprestável.

Essa história, verídica, está contada com riqueza de detalhes no livro “Amor, Pecado e Sangue – 5 Crimes que Abalaram Princesa” escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto e a venda na Livraria do Luiz, em João Pessoa.

Por Tião Lucena 

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