Logo que ganhou a eleição, em 30 de outubro passado, um
importante parlamentar petista questionou o presidente-eleito, Luís Inácio Lula
da Silva (PT), sobre como lidaria com a forte oposição que encontrará no novo
Congresso Nacional: “Afinal, somente o PL, elegeu 99 deputados, sem falar nos
vários senadores bolsonaristas!”
Ao que Lula respondeu: “Com essa oposição eu saberei tratar.
Pior será, a oposição de rua que, mesmo pequena, vai radicalizar”. Em sua
sabedoria política, o novo presidente já vislumbrava que, os radicais
seguidores do presidente derrotado, não deixariam por menos e promoveriam
arruaças, xingamentos e demais atos de violência.
Não esperava, no entanto, que esses extremistas chegariam ao
ponto de invadir as sedes dos Três Poderes da República em promoção do
vandalismo que se viu no último dia 8 de janeiro. Agora, diante dessa nova
realidade - o que não se restringe apenas aos vândalos, mas também com o apoio
de algumas autoridades e de setores das Forças Armadas -, o presidente terá de
agir com firmeza.
A exemplo do que aconteceu na Espanha pós Franco, o Brasil
precisa reescrever suas relações entre civis e militares; modernizar as Forças
Armadas, despolitizá-las e trazer de volta, ao seio da sociedade, a importância
dos valores democráticos, e varrer de vez, do cenário político nacional, essas
manifestações extremistas que visam a ruptura institucional.
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