quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

A oposição de rua

Logo que ganhou a eleição, em 30 de outubro passado, um importante parlamentar petista questionou o presidente-eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT), sobre como lidaria com a forte oposição que encontrará no novo Congresso Nacional: “Afinal, somente o PL, elegeu 99 deputados, sem falar nos vários senadores bolsonaristas!”

Ao que Lula respondeu: “Com essa oposição eu saberei tratar. Pior será, a oposição de rua que, mesmo pequena, vai radicalizar”. Em sua sabedoria política, o novo presidente já vislumbrava que, os radicais seguidores do presidente derrotado, não deixariam por menos e promoveriam arruaças, xingamentos e demais atos de violência.

Não esperava, no entanto, que esses extremistas chegariam ao ponto de invadir as sedes dos Três Poderes da República em promoção do vandalismo que se viu no último dia 8 de janeiro. Agora, diante dessa nova realidade - o que não se restringe apenas aos vândalos, mas também com o apoio de algumas autoridades e de setores das Forças Armadas -, o presidente terá de agir com firmeza.

A exemplo do que aconteceu na Espanha pós Franco, o Brasil precisa reescrever suas relações entre civis e militares; modernizar as Forças Armadas, despolitizá-las e trazer de volta, ao seio da sociedade, a importância dos valores democráticos, e varrer de vez, do cenário político nacional, essas manifestações extremistas que visam a ruptura institucional.




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