segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Carta Aberta ao Tribunal de Contas da Paraíba

Princesa, 30 de janeiro de 2023.

Senhor Presidente,

Necessário se faz este lembrete. O prefeito de Princesa, senhor Ricardo Pereira do Nascimento, um dos políticos paraibanos que mais carrega processos nas costas e, no entanto, até agora, tem saído incólume de todos eles, surfa numa onda de deboche em relação aos seus antecessores, a quem chama – a todos - de “um bando de corruptos”. Talvez, pela impunidade ou, por outra, pelo fato do exercício das vistas grossas das autoridades, Nascimento se anima a continuar posando de vestal da honestidade.

Necessário se faz também lembrar, que os sinais exteriores de riqueza, apresentados pelo alcaide princesense e por seus chegados, saltam aos olhos. Só para ilustrar, realçamos aqui, duas situações que denotam, claramente, a necessidade de uma investigação mais séria por parte dessa Corte de Contas. Primeiro, nos referimos às cestas básicas distribuídas, pela prefeitura de Princesa, por ocasião do último final de ano. Segundo, abordamos o fato de que, Auxiliares de Enfermagem do Hospital Regional “Deputado José Pereira Lima”, ali desempenham suas funções, recebendo apenas R$ 900 mensais.

A primeira situação, denota gravíssima irregularidade, quando se constata que, para terem direito à “feirinha”, os beneficiários tiveram de endossar um cheque nominal no valor de R$ 250 – ordem de pagamento à vista que ficou nas mãos da Secretaria de Finanças – e receberam uma cesta básica constante de itens que não ultrapassam o valor de R$ 100. A segunda situação, se evidencia irregular, quando é sabido que, ninguém, pode trabalhar sem receber um Salário Mínimo. Nesse caso, a burla ocorre sob o manto da terceirização.

Na verdade, senhor presidente, nesse momento, quase toda a administração pública do município de Princesa, é terceirizada. Será essa a escola dos “ricardos”? Mais esquisito ainda é que, um prefeito que já recebeu visitas da Polícia Federal, tenha todas as suas contas aprovados pelo Tribunal de Contas, mesmo sabendo todos, que, mesmo auferindo um dos maiores salários do Brasil, a vida que ostenta, é incompatível com seus rendimentos legais. Urge providências?

Sem mais para o momento, acreditamos, sejam esses dois itens, suficientes para que se descubra o fio de uma meada que poderá estancar essa sangria desatada que, ao proporcionar prejuízos aos “pobres de cristo”, vem promovendo a prosperidade daqueles que, impunes, se dizem paladinos da moralidade. Acreditamos que, sob nova Direção, o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, tome as devidas providências pelo bem de todos e felicidade geral dos princesenses.

Atenciosamente,

Domingos Sávio Maximiano Roberto




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